terça-feira, 28 de julho de 2020

Resenhas: "Peanuts: Ninguém gosta de mim..." e "Peanuts: felicidade é..."

julho 28, 2020 2 Comments
PEANUTS AMOR E FELICIDADE
Autor:
 Charles M. Schulz
Editora: L&PM
Número de páginas: 144 nos dois livrinhos
Notas: Amor- 5/5 ⭐
   Felicidade: 4,5/5⭐


Olá, pessoal! Essa é a primeira resenha "2 em 1" que escrevo, mas é porque os dois livros fazem parte da mesma coleção e são semelhantes, embora com tirinhas de temas diferentes. Li ambos os livros em menos de 24 horas: "Peanuts: felicidade é..." no início do mês, e "Peanuts: ninguém gosta de mim..." no dia 18. 

Ambos os livros foram publicados pela editora L&PM em edição de bolso, e eu já resenhei outro da coleção por aqui:  "Peanuts: é para isso que servem os amigos", em junho. Todos possuem somente 144 páginas, e contam com tirinhas geniais e divertidas. O meu favorito, até agora, foi "Peanuts: ninguém gosta de mim", que fala sobre amor. 

Em "Peanuts: felicidade é...", as tirinhas nos levam a refletir acerca do que seria felicidade. Todas trazem em si leveza, que nos arrancam sorrisos e risadas, mas, especialmente, aquecem nosso coração. O mesmo se aplica a "Peanuts: ninguém gosta de mim...", que retrata o amor de forma delicada, às vezes cômica, mas sempre de maneira bela e fofa. 



Recomendo esses livrinhos de tirinhas para todos que desejam uma historinha fofa, para se ler em qualquer hora do dia, sempre que se busca leveza e algo que irá aquecer nosso coração. Peanuts se mostrou genial (como sempre!). 

E vocês? Já leram algum dos livros resenhados ou outro de Peanuts? Vocês gostam de ler tirinhas/HQs? Me contem aqui nos comentários! ❤🥰

terça-feira, 21 de julho de 2020

Resenha: "Conectadas"

julho 21, 2020 0 Comments
CONECTADAS 
Autora:
 Clara Alves
Editora: Seguinte (selo jovem da Companhia das Letras)
Número de páginas: 320
Nota: 4/5⭐


Há 04 dias, terminei de ler "Concetadas", da escritora Clara Alves. Eu queria ler esse livro há um bom tempo, pois sua sinopse me chamou muito a atenção! Trata-se de um romance LGBT brasileiro, bem fofinho, e creio que todos que estão na adolescência deveriam lê-lo. 

Foi a primeira vez que eu entrei em contato com a escrita da Clara, e eu gostei bastante! Leve, ágil e simples, o que torna a leitura ainda mais prazerosa. Mais uma autora para conhecer! 

Esse "tracinho" na parte inferior do livro é um corte. Sim. O livro acompanha um marcador de páginas (que está ao lado dele), e, quando fui recortá-lo, acabei recortando parte do verso do livro também. Por isso, tive que colcar com durex, tadinho! Agora vou prestar mais atenção na hora de recortar os marcadores 😅🙈🙈


"Conectadas" começa um pouco lento, mas depois pega o ritmo, tanto que não consegui largá-lo até terminar a leitura. O livro conta a história de Raíssa e Ayla, que se conheceram por meio de um game chamado "Feéricos", e a narrativa é alternada entre as duas, sendo narrado em primeira pessoa. Porém, Raíssa sofria muito com o machismo de outros jogadores, sendo deixada de fora das jogadas apenas por ser menina, e também sofria assédio. Por isso, ela decidiu criar um perfil masculino, para que pudesse aproveitar melhor o jogo. No entanto, quando ela conhece Ayla no jogo, ela se passa por seu melhor amigo, Leo.  Assim, Ayla pensa que está conversando com Leo, quando, na verdade, está conversando com Raíssa. Para piorar toda a situação, Ayla e Raíssa se apaixonam, masss, Ayla pensa que está apaixonada por Leo. Uma verdadeira confusão!! À medida que o tempo passa, e a possibilidade delas duas se encontrarem aumenta, a mentira toma proporções ENORMES, e bem complicada de contornar. 

"Conectadas" fala sobre a aceitação de ser quem a gente realmente é, descoberta da sexualidade e amizade. Além disso, é um livro cheio de representatividade, não apenas no que se refere a personagens LGBTs. Por exemplo, a Ayla possui descendência japonesa e é vegetariana, e a Raíssa, indígena.



 No início da leitura, eu me sentia um pouco um "peixe fora d'água", já que não sou muito ligada nesse negócio de games, mas esse é apenas o pano de fundo, dando para aproveitar bastante a leitura! Deu até vontade de jogar o Feéricos, jogo fictício onde Ayla e Raíssa se conheceram... rsrsrsrs 
O livro também cita bastante filmes, séries e livros (o que é mais a minha praia 😅). Por exemplo, quando fala sobre a importância da representatividade, Grey's Anatomy é citada. Um prato cheio para românticos e românticas nerds!

- CITAÇÕES FAVORITAS -

"Eu não estava pronta para admitir para o mundo que gostava de meninas. Não tinha certeza de como as pessoas iam reagir, principalmente meus pais. Minha mãe era toda 'respeito as opções de cada um, mas não precisa ficar se beijando assim em público', como se fosse muito mente aberta, mas ela não entendia que: 1) Não era uma opção. Se fosse, será que eu não teria escolhido o caminho mais fácil? E 2) Aquele era exatamente o tipo de pensamento que só pessoas preconceituosas tinham. Afinal, ela nunca reclamava de casais héteros, mesmo que a conduta deles às vezes fosse muito mais explícita."- Páginas 61 e 62 

"Cada vez que eu tentava dizer a mim mesma que não tinha nada de errado em gostar de meninas, que eu era normal, o medo de estar errada me fazia sofrer. E se o inferno realmente existisse e eu fosse acabar lá por causa disso?"- Página 117

"Por que você esconderia o que sente, quem é, só para satisfazer as expectativas dos outros?"- Página 240 

"[...] Não é como se você estivesse atuando numa peça e tivesse que se esforçar o tempo inteiro para lembrar as falas. A vida real funciona na base do improviso. É quando você esquece o roteiro e só deixa tudo fluir que consegue realmente ser feliz."-Página 241 

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E vocês? Já leram "Conectadas", ou algum outro livro da autora, algum semelhante? Me contem aqui nos comentários! 😘😘🥰



domingo, 19 de julho de 2020

Resenha: "Persépolis"

julho 19, 2020 2 Comments
PERSÉPOLIS
Autora:
 Marjani Satrapi
Número de páginas: 352
Editora: Quadrinhos na CIA.
Nota: 4,5/ 5 ⭐


Dia 29 de junho eu terminei de ler "Persépolis, mas só tive tempo de fazer a resenha agora (semanas de provas online, por conta da pandemia). Enfim, bora lá!

Persépolis é uma história em quadrinhos aclamada, tendo ganhado vários prêmios, e inclusive virou filme em 2007 (tendo vencido o festival de Cannes e indicado ao Oscar de melhor animação)! Além disso, é o primeiro livro em quadrinhos escrito por uma mulher no Irã, o que é um feito e tanto. Esse livro me chamou a atenção no início do ano,e, enfim, pude lê-lo (e que experiência boa!). 



Essa edição, da"Quadrinhos na Cia." (selo da Companhia das Letras dedicado a publicar histórias em quadrinhos no formato de livro), reúne os quatro volumes de Persépolis, o que faz com que ele se torne um livro um pouco mais grosso. De início, fiquei meio intimidada com a grossura dele, mas eu li bem rapidinho, tamanha a fluidez da leitura. Não se deixe intimidar pelo tamanho do livro, pois é uma leitura bastante prazerosa, ágil e que gera várias reflexões! Creio que o formato em quadrinhos contribua para isso. 

"Na vida você vai encontrar muita gente idiota. Se te ferirem, pensa que a imbecilidade deles que os leva a fazer o mal. Assim você evita responder às maldades deles. Porque não tem nada pior do que a amargura e a vingança... Seja sempre digna e fiel a si mesma."

Persépolis é uma autobiografia em quadrinhos da autora Marjane Satrapi, e é ambientado na Revolução Islâmica de 1979 e suas consequências para o Irã, que até hoje é uma República Islâmica. Nunca tinha lido nada que falasse sobre a Revolução, e o livro foi um ótimo meio para aprender um pouco mais sobre ela. O livro foca na vida da Marjane, obviamente, e também em como o regime é extremamente opressor, especialmente com as mulheres. Acompanhando o crescimento da autora desde os seus 10 anos, o livro é cheio de críticas, questionamentos e reflexões. Assim, podemos ver seus erros e acertos, que a tornaram a mulher que é hoje. Com a leitura, também podemos aprender um pouco sobre a cultura do Irã. 



"Se um cara mata 10 mulheres na presença de outras 15, ninguém pode condená-lo, pois em caso de homicídio nós, mulheres, não podemos nem testemunhar! Também é ele que tem direito de divórcio e, se ele te concede, fica com a guarda dos filhos! [...]"

Marjane foi criada por pais politizados e de esquerda, o que contribuiu para que ela tivesse uma certa consciência política desde a infância. Com apenas 14 anos, foi mandada para Áustria sozinha, por conta da guerra do Irã e Iraque. Porém, retornou poucos anos depois, com saudades de casa. De volta ao Irã, ela pôde acompanhar toda a opressão e perseguição em seu país, onde as pessoas não eram livres para ser quem elas realmente eram ou agirem como bem entendessem. 

Uma leitura leve e rápida, com pitadas de humor e aprendizados. Muito bom! Recomendo para quem quer entender um pouco mais a situação do Irã e das mulheres no país. 

"A verdade é que, enquanto existir petróleo no Oriente Médio, não vamos saber o que é paz..." 

E você? Já leu "Persépolis"? O que achou? Me conta aqui nos comentários! ❤😘😘 

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Resenha: 99 dias

julho 01, 2020 0 Comments
99 DIAS
Autora: Katie Cotugno
Editora: Rocco Jovens Leitores
Número de páginas: 384
Nota: 3⭐/5

Olá, pessoal! Dia 24 eu concluí a leitura do livro "99 dias", mas só pude fazer a resenha agora!
Ganhei "99 dias" de presente há cerca de 2 anos. Tentei ler, mas abandonei logo no início, pois não estava gostando muito da leitura. Assim, seu destino foi ficar parado na minha estante. Na quarentena, então, enquanto aguardava uns livros que pedi na Amazon chegarem, notei a presença desse livro na minha estante e resolvi dar uma segunda chance para ele, afinal, já havia se passado quase 2 anos! É uma leitura rápida e que te fisga, mas não é um livro surpreendente. É mais um bom livro água com áçucar, para passar o tempo, com um enredo que não se torna cansativo. 

"99 Dias" conta a história de Molly Barlow, que havia "traído" seu namorado com o irmão dele, logo após o término dos dois (por isso a presença das aspas). Carregando essa culpa por 1 ano, ela decide contar seu segredo para sua mãe, que escreve um livro sobre o ocorrido, que virou um best-seller. Dessa forma, seu namorado descobre sua "traição" e também a maior parte da cidade. Coberta de vergonha e arrependimentos, Molly foge para outra cidade, onde conclui o ensino médio. Enquanto a faculdade não começa, ela retorna para Star Lake, sua cidade natal, e precisa encarar 99 dias de constante humilhação, e aguentar todo o verão. 



É uma premissa bastante interessante. Um tema abordado no livro é como a mulher sempre é a culpada, mesmo que o homem também esteja envolvido, no caso da traição. Ninguém exclui ou persegue o irmão do ex-namorado de Molly, mas a vida dela vira um verdadeiro inferno. O que ela fez foi errado, mas não justifica nada do que fizeram com ela. 

O triângulo amoroso, formado por Molly, Patrick (ex dela) e Gabe (o irmão do ex dela) foi desenvolvido de forma interessante. No entanto, o Patrick é um EMBUSTE. Sério. Que ranço eu peguei desse personagem! Ele não apoiava a Molly e achava que o mundo girava em torno dele, sem contar que tinha certas atitudes machistas. O relacionamento dos dois era abusivo (algo que poderia ter sido explorado pela autora), e a Molly sempre afirmava que os dois eram "como um só". Quando ela foi em busca de sua prórpia individualidade, ocorre a maior treta (não entrarei em detalhes para lhe poupar de spoilers). Além disso, Patrick é um perosnagem bastante hipócrita e chato. Por outro lado, temos Gabe... Gabe não era exatamente como o irmão, mas também não era as sete mil maravilhas. Ele era legal, e , no início, um personagem realmente apaixonante, mas não falarei mais sobre. 

Acho muito legal que a Tess, atual namorada do Patrick, se tornou amiga de Molly, afinal, ela não tinha nada a ver com aquela história, e ser amiga da ex do seu atual requer um certo nível de maturidade. 

É normal errar, e o que devemos fazer é aprender com os erros, certo? No decorrer do livro, acompanhamos a evolução da protagonista, e como ela está disposta a recomeçar, mas... parece que não dá muito certo. Isso me irritou bastante, pois, mesmo tendo consciência de estar cometendo um erro, ela prosseguiu com isso (não vou informar o quê, obviamente). Eu esperava ver um crescimento maior na personagem. 



Algo que eu acredito que o livro deveria ter explorado mais é a relação da proagonista com a mãe, pois seria algo bastante interessante e importante de ser abordado, mas a escitora focou muito no triângulo amoroso e a confusão gerada por ele. 

Apesar de algumas pessoas não terem gostado do final, ele foi bastante satisfatório. A Molly, apesar de todos os erros cometidos no passado e no decorrer do livro, mostrou, finalmente, que havia aprendido algo. O final nos dá uma sensação de recomeço e novas possibilidades, o que eu gostei bastante. 

Conclusão: não é um livro extraordinário, mas é ótimo para se ler quando você está buscando algo leve e agradável (mesmo que a leitura tenha me feito passar raiva várias vezes kkkkk). 

E você? Já leu "99 dias" ou algum outro livro da autora? O que achou? Conte-me aqui nos comentários! ❤