Resenha: "Não se esqueçam da rosa"
NÃO SE ESQUEÇAM DA ROSA Autora: Giselda Laporta Nicolelis Editora: Saraiva Número de páginas: 64 Nota: 3,5/5 ⭐ *Um suplemento de leitura acompanha o livro* |
Oi, pessoal! Hoje trago a resenha do livro "Não se esqueçam da rosa", que ganhei de presente de aniversário dos meus pais (foi em setembro). Li o livro em menos de 24 horas, pois é uma obra bem curtinha, cheia de ilustrações e possui linguagem fácil e dinâmica, sendo um paradidático.
A história é mais simples e direta: os fatos ocorrem rapidamente e os personagens não são muito desenvolvidos. Isso não é algo que incomoda, pois o que mais importa aqui são os fatos narrados. Além disso, devemos ter em mente que o livro é um paradidático, voltado para o sexto/sétimo ano, então a forma como a sua narrativa se desenvolve também é mais simples por conta disso.
"Não se esqueçam da rosa" acompanha Hanako, uma adolescente que sofre de uma doença degenerativa que afeta os ossos, em decorrência de uma mutação nas células reprodutoras do pai, que é japonês. Suas células sofreram mutação por conta do contato com a radiação da bomba lançada em Hiroshima em 1945, cidade onde ele costumava viver antes da tragédia envolvendo a bomba. Em decorrência disso, ele e familiares mudaram de cidade, e, depois de um tempo, emigraram para o Brasil.
Esclarecendo o contexto histórico
Na Segunda Guerra Mundial, havia dois blocos: os países do Eixo e os Aliados. Os países do Eixo eram a Alemanha Nazista, a Itália Fascista e o Japão. Já os Aliados eram os Estados Unidos, a Inglaterra e a União Soviética. Esses dois blocos representavam lados opostos na Guerra.
Não irei me aprofundar, e sim fazer um resumão bem objetivo. Estou falando sobre isso para que vocês compreendam melhor a respeito do contexto em que o livro é desenvolvido.
O Japão, certo dia, ataca a base naval estadunidense de Pearl Harbor, o que fez com que os EUA declarasse guerra ao país. Começou a ser colocado em prática, então, o Projeto Manhattan, que consistia no desenvolvimento de bombas atômicas extremamente potentes, criadas com o objetivo de destruir o máximo possível do território inimigo (no caso, o Japão). As bombas desenvolvidas foram lançadas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki em 1945, causando mais de 200.000 mortes. Isso fez com que o Japão se rendesse dias depois (ele foi o último país do Eixo a se render), culminando no fim da Segunda Guerra Mundial.
Voltando à resenha...
O livro alterna seus capítulos com relação à narração: ora em terceira pessoa, ora em primeira, sendo feita por Hanako. Quando é a menina quem assume a narração, ela é feita por meu de seu diário. Inclusive, ela cita, inúmeras vezes, "O diário de Anne Frank", que li quando eu tinha 10 anos e que retrata a Segunda Guerra Mundial. Nas poucas páginas que o livro possui, podemos acompanhar um pouco do dia-a-dia de Hanako, seus sonhos e anseios.
No entanto, quando a doença começa a se desenvolver, sua vida vira de cabeça para baixo. A reflexão que o livro nos deixa é sobre o impacto profundo que uma guerra gera na sociedade, fazendo vítimas até mesmo quando ela acaba (como é o caso de Hanako).
O final do livro ainda traz o belo poema "Rosa de Hiroshima", de Vinícius de Moraes. Depois deem uma pesquisada na internet para que vocês possam ler também :)
Enfim, recomendo! Não apenas para as pessoas que estão no sexto ou sétimo ano (eu, por exemplo, estou no nono), mas para estudantes em geral, por retratar um assunto que vemos em sala de aula de maneira simples e poética.