Resenha: "The Prom - A festa de formatura"

THE PROM - A FESTA DE FORMATURA
Autora: Saundra Mitchell (Matthew Sklar, Chad Beguelin e Bob Martin são os criadores da peça na qual o livro se baseia)
Editora: Globo Alt
Número de páginas: 256
Nota: 4,5/5 ⭐

Olá, pessoal! Hoje trago a resenha de um livro que peguei emprestado de uma colega minha e devorei em apenas 5 dias: "The Prom - A festa de formatura"! Essa foi a minha última leitura de agosto, sendo uma adaptação do musical da Broadway de mesmo nome. No entanto, não irei fazer comparações, já que nunca assisti ao musical. Além disso, há também um filme que foi adaptado da mesma peça, na Netflix, dirigido por Ryan Murphy (nome por trás de Glee, série que assisti em 2019 e que era a minha favorita na época, e American Horror Story). Não pretendo assisti-lo, porque as resenhas que li sobre ele, escritas por pessoas que leram o livro, não foram muito positivas, então não tenho interesse no filme. Enfim...

"The Prom - A festa de formatura" apresenta Emma Nolan e Alyssa Greene como protagonistas, casal lésbico que deseja ir à festa de formatura da escola. Emma é uma talentosa musicista que possui um canal no YouTube para compartilhar suas músicas e pensamentos, e Alyssa é presidente do Conselho Estudantil, bastante dedicada e estudiosa. No entanto, ambas namoram escondidas, pois Alyssa ainda não se assumiu e a cidade é bastante conservadora e homofóbica. 

Quando Emma contou em seu canal do YouTube que estava apaixonada por uma garota, seus pais expulsaram-na de casa e ela começou a sofrer bullying na escola, passando a morar com a avó, única pessoa que a acolheu quando ela se assumiu. Já Alyssa ainda está no armário, pois seu pai abandonou sua família e sua mãe está muito fragilizada. Assim, a mãe busca constantemente ser "perfeita", e não espera outra coisa da filha que não seja a perfeição, vivendo nessa bolha de ilusão para escapar da própria realidade. Dessa forma, Alyssa teme que a notícia de que ela é lésbica decepcione e "destrua" a mãe, trazendo-a para a dura realidade, bem diferente de ser perfeita.

Para ir ao baile, que possui ingressos limitados, é necessário levar um par. Como Alyssa e Emma não assumiram o namoro para a sociedade, elas decidem inventar que irão levar pessoas diferentes e, quando chegassem no baile, iriam assumir o relacionamento. No entanto, quando Emma põe o nome de uma garota, a presidente da Associação de Pais e Mestres (adivinha quem é... a mãe de Alyssa!) se revolta e decide mobilizar os outros pais para impedir que Emma vá à festa e leve sua suposta namorada, com a desculpa de que ela estaria tentando transformar a formatura em uma "formatura gay". Assim, dois atores da Broadway que assistem a um vídeo de Emma no YouTube vão para Indiana com o propósito de ajudá-la e com outro objetivo não tão nobre assim...

A obra, ao mesmo tempo que aqueceu o coração, também me fez passar muita raiva. Isso porque as pessoas da cidade são extremamente cruéis com Emma, apenas por conta de se sua orientação sexual. A homofobia é tão forte que ela sofre até ameaça de morte! Além disso, Alyssa também sofre com o medo de se assumir, e é angustiante quando nos colocamos no lugar dela e acompanhamos seus anseios. É muito triste que muitos passem por situações semelhantes às de Emma e Alyssa, por puro preconceito e ignorância por parte da sociedade.

Acredito que "The Prom" seja uma leitura muito importante, pois vamos descontruindo preconceitos e criando empatia pelas personagens. Além disso, há também a questão da representatividade, pois muitas pessoas LGBTQIA+ podem se identificar com a história e se sentir acolhidas por ela. Enfim, recomendo muito! 

Se família é amor, então as pessoas que amamos são a nossa família.