segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Vrum Vrum

agosto 29, 2022 0 Comments


21 de outubro de 2022. Uma sexta-feira. É o dia em que o Arctic Monkeys irá, finalmente, lançar seu sétimo álbum ("The Car"), após 4 anos do lançamento do "Tranquility Base Hotel & Cassino"! Também é um ano especial para a banda, pois ela está completando 20 anos desde a sua formação, lá em 2002. Estou bastante ansiosa!! O anúncio de lançamento do álbum foi feito há alguns dias, mas minha vida anda tão corrida (escola, ensino médio. Mal encontro tempo para respirar) que não consegui escrever por aqui. 
Não é um post muito elaborado, é mais como um registro pessoal. É claro que, quando o álbum for lançado, eu venho aqui falar sobre ele. 

Aliás, eles estrearam uma das músicas do álbum nessa nova série de shows que eles estão fazendo (depois de 3 anos!!): "I Ain't Quite Where I Think I Am" (algo como "Eu não estou exatamente onde eu acho que estou"). Eu gostei bastante do título, e a música em si é até legalzinha. Não me pegou de jeito e não achei "Ahh, meu Deus, que música maravilhosa", mas teve algumas partes que eu achei interessantes (do meio para o final). Então, vou esperar até sair a versão de estúdio para dar um veredito, que nunca é oficial, porque sempre tem umas músicas que de início eu não gosto muito ou acho sem graça ou que simplesmente não me encanta e que depois me encontro completamente viciada (Crying Lighting, Library Pictures, She Looks Like Fun, Reckless Serenade, I Bet You Look Good on The Dancefloor, etc). Aí também poderei ouvir a música mais vezes para formar melhor minha opinião. Veremos, veremos. 





Quando eu vi o título do álbum pela primeira vez, fiquei surpresa e minha primeira reação foi até achar o nome meio paia: "The Car". Mas aí me lembrei que é do Arctic Monkeys de quem estamos falando, então certamente tem algum conceito por trás. Pelo visto, vou ter que esperar até 21 de outubro para descobrir. Ah, uma das músicas no álbum se chama justamente "The Car", então estou bastante curiosa. Sobre a capa: quando vi, pensei logo: "parece as fotos que o Matt Helders [baterista] tira". E foi ele mesmo quem tirou! Apesar de ser apenas uma foto de um estacionamento, achei bem legal a foto ser de autoria dele. Ele tem umas fotografias bem interessantes, e, caso você tenha curiosidade, é só olhar o Instagram dele.  

Outra música do álbum que estou ansiosa para escutar é "Sculptures Of Anything Goes", cuja letra foi escrita não apenas por Alex Turner, mas por Jamie Cook também (de acordo com o iTunes)! Não sei se ele já participou da escrita de outras músicas da banda, mas, de qualquer forma, achei muito legal e me deixou mais curiosa , já que não é comum que os outros membros do AM escrevam as letras. 

Ah, e eu não poderia deixar de dizer que o Arctic Monkeys vem para o Brasil em novembro!! O primeiro show deles depois do lançamento do álbum vai ser por aqui (4 de novembro, no Rio de Janeiro). Eles também passarão por São Paulo, para o Primavera Sound (5 de novembro) e em Curitiba (8 de novembro). 

Enfim, é isso. Só registrando por aqui! 😊


****ATUALIZAÇÃO DA POSTAGEM*****

Oi, de novo! Mais cedo, eu escrevi esse post falando sobre minhas expectativas para o novo álbum do Arctic Monkeys, e o que eu havia achado das coisas que saíram até então. Só que aí, hoje mesmo, às 20h (aqui do Brasil, pois no Reino Unido era meia-noite), o Arctic Monkeys lançou um single novo!!!!!!!! "There'd Better Be A Mirrorball". Aqui, temos mais uma amostra do Arctic Monkeys inovando a cada álbum novo, mas sem perder a essência (como ele sempre fez). 

Que música linda ❤ Bem tristinha, do jeitinho que eu gosto. Se assemelha ao Tranquility Base em relação ao piano e, especialmente, em relação à melodia do começo da canção, mas é diferente. Não soa como uma música que estaria no TBH&C (só o início, talvez), mas lembra um pouco, demonstrando a influência do álbum anterior. Li um comentário na internet que descreveu a canção como o "filho" do Tranquility Base e do Everything You've Come To Expect, segundo álbum do The Last Shadow Puppets (projeto paralelo de Alex Turner). O comentário faz sentido, pois realmente é possível encontrar referências dos dois álbuns em "There'd Better Be a Mirrorball". É difícil de explicar, creio que só escutando para entender o que eu quero dizer. 
Ah, e sabiam que quem dirigiu o clipe (pois é, eles estrearam com clipe e tudo!) foi o próprio Alex Turner?? E ficou bem legal. Enfimmm

Quando escutei a música pela primeira vez, meus olhos marejaram. Porque realmente gostei da música, porque estou muito animada para o lançamento do The Car e porque eles vêm para o Brasil em breve. E tudo está tão perto! <3 

Agosto foi um mês incrível para os fãs do Arctic Monkeys :)


domingo, 7 de agosto de 2022

Resenha: "O Último Olimpiano"

agosto 07, 2022 0 Comments
O ÚLTIMO OLIMPIANO
Autor:
 Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 384
Nota: 5/5 ⭐


Oi, pessoal! Hoje trago a resenha de "O Último Olimpiano", quinto e último livro da série Percy Jackson e os Olimpianos (PJO). Mas se liga: depois deste, ainda há mais 5 livros, mas da série que sucede PJO, "Os Heróis do Olimpo". Isso fica claro no final da leitura, que encerra o ciclo da primeira série de Percy Jackson, mas deixa um gancho para série que a sucede. Agora, voltando a falar sobre "O Último Olimpiano"... Que leitura maravilhosa! Sem sombra de dúvidas, se tornou o meu livro favorito de PJO! Gostaria de agradecer à minha tia, que me deu literalmente todos os livros da série (valeu, dinda!) e também de dizer que essa resenha conterá spoilers dos livros anteriores, então toma cuidado. 


"O Último Olimpiano" narra, desde o começo, a grande batalha travada contra Cronos e seu exército, esperada desde o primeiro livro. Isso não torna a obra repetitiva em nenhum momento - muito pelo contrário! Cada reviravolta é emocionante, cada revelação é construtiva e surpreendente. Aqui, Percy está prestes a completar 16 anos e, junto dos deuses e outros meio-sangues, precisa se preparar para a concretização da Grande Profecia, tão citada na série. É muito interessante ver o desdobramento da profecia e os acontecimentos que a permeiam, assim como a enorme guerra que a acompanha. É, na minha humilde opinião, o livro mais emocionante e eletrizante da série! Em vários momentos me senti ansiosa pelo rumo que as coisas estavam tomando e pelo rumo que elas poderiam tomar, mas de uma forma positiva! Porque a história consegue te conectar a esse ponto, ao ponto que faz com que você realmente se importe com as personagens, com o enredo, com o desenrolar dos eventos. 


Um meio-sangue, dos deuses antigos filho, 

chegará aos dezesseis apesar dos empecilhos.

Num sono sem fim o mundo estará,

e a alma do herói, a lâmina maldita ceifará.

Uma escolha seus dias vai encerrar,

o Olimpo preservar ou arrasar. 


Algo muito legal no livro, e que creio ser um dos maiores destaques dele, se refere a Luke Castellan. Luke é o antagonista de Percy Jackson, o amigo que o traiu lá no primeiro livro, que quase o matou tantas vezes e que foi uma peça-chave para que o plano de Cronos ganhasse proporções enormes e ameaçadoras (não potencialmente, mas realmente ameaçadoras). Inclusive, no livro anterior, Cronos se apossa do corpo de Luke para que possa prosseguir com seu plano, o que é bastante bizarro. Então, me parece justo que o "O Último Olimpiano" ofereça uma perspectiva maior sobre sua a sua história e motivações. Nos livros que o antecedem, temos uma noção mínima sobre essas questões, mas aqui elas são mais aprofundadas, o que é maravilhoso para a construção do arco da personagem. E que arco! Luke foi uma personagem detestável na maior parte do tempo, mas, com todas as revelações, senti muita pena dele. Todas as escolhas erradas que fez ao longo da vida, todos os acontecimentos negativos, amarguras... nossa, só de me lembrar, a sensação de aperto no peito floresce em mim de novo. Queria que as coisas tivessem sido diferentes pra ele, porque você passa a entendê-lo como um personagem sofrido. Não digo que passei a amá-lo, porque não passei. Mas passei a compreendê-lo, apesar de discordar de suas atitudes, na grande maioria das vezes equivocadas e abomináveis. E claro, ele poderia ter agido diferente. Mas é possível compreender, entende? Uma personagem movida pelo rancor. Então, como disse, o sentimento que fica e se destaca é o de pena. Porque tudo poderia ter sido diferente, mas não foi. Foi um ponto no livro que me marcou bastante, e gostei muito da forma como Rick Riordan o fez, revelando o passado do Luke e dando a ele um arco digno, embora claramente melancólico. 


Outro ponto que gostaria de destacar aqui se refere ao desenvolvimento da história de Nico di Angelo, que ganha novas formas. À medida que Nico vai se conhecendo, vamos descobrindo mais sobre ele, o que é bastante curioso. Crescemos junto de Nico. É bom e dá uma sensação de familiaridade agradável, que tornam o personagem mais instigante. Aqui, ele ajuda Percy Jackson e os outros semideuses, tendo um papel fundamental, além de trilhar mais seu próprio caminho. Saber um pouco mais sobre o seu passado ajuda a entendê-lo, e ajuda a compreender outros eventos importantíssimos que estão interligados à sua história e que acabam afetando a vida de outras personagens, não apenas a de Nico e de quem o cerca. E, assim, bato na mesma tecla que bati nas outras resenhas: a maneira como Rick Riordan entrelaça tudo na história. É fantástico! É perceptível como a história é bem construída, bem pensada, não apenas por conta dos fatos interligados, mas também pela maneira como a mitologia é adaptada. Mas voltando a Nico di Angelo... Como disse na resenha de "A Batalha do Labirinto", ele tem um potencial notório, e espero ver mais dele na próxima série! Nico está conquistando seu espaço aos poucos, e é realmente interessante ver isso acontecendo. 



Podemos ver como os personagens evoluíram bastante, e, além de Nico, creio que o maior destaque no que se refere à evolução seja Grover. Desde que encontrou o deus Pã, Grover está mais poderoso, mais sábio, mais destemido. Não é mais o sátiro super atrapalhado do primeiro livro. Percy, por sua vez, segue corajoso, cativante, teimoso, encantador. Uma Cabeça de Alga absurdamente adorável. Adoro seus comentários sarcásticos sempre presentes, de humor sagaz. Annabeth continua esperta e extremamente leal aos seus amigos. Mesmo que em alguns momentos ainda paire a rivalidade entre ela e Rachel, o que me incomodou no quarto livro, ela é menos presente por aqui - embora, ainda, desnecessária. Rachel também continua admirável, e recebe um papel muito importante neste livro (assim como no anterior, mas de uma forma diferente. Não me estenderei para evitar spoilers). A relação entre Annabeth e Percy também recebe novos contornos, e é interessante ver como ela se desenvolve, especialmente depois do primeiro beijo que ocorreu em "A Batalha do Labirinto". 


Além disso, uma adição ao núcleo dos deuses que me agradou muito foi a de Héstia, deusa do lar e do fogo. Ela tem um papel muito importante para as reviravoltas e para o desenrolar dos fatos, e gostei de todas as suas aparições. A deusa é acolhedora, assim como o lar e o fogo, e Rick Riordan soube passar bem essa sensação toda vez que ela aparecia. 


"O Último Olimpiano" é cativante, comovente, recheado de ação e, claro, de muita mitologia grega. Um encerramento ótimo e emocionante, digno do caminho que começou a ser construído lá em "O Ladrão de Raios". Inclusive, chorei em alguns momentos, porque a história encanta e comove assim. Altamente recomendado! ❤


- Percy Jackson - disse Hermes -, talvez você possa mesmo ensinar uma ou duas coisinhas


🌸 CITAÇÕES FAVORITAS 🌸


"Às vezes o poder mais difícil de dominar é o poder de ceder" - Página 105

"[...] A esperança sobrevive melhor no seio de nosso lar" - Página 309

"Nenhum herói está acima do medo" - Página 347

"Os deuses me fuzilavam com os olhos, mas Annabeth cobria a boca com as mãos. Seus olhos brilhavam. E isso compensava tudo." - Página 353

" [...] Saiba reconhecer qual peixe é grande o bastante para ser pescado [...]" - Página 380


CITAÇÕES COM SPOILERS 🚨

" - Você fica uma gracinha quando está preocupado - murmurou ela. - Suas sobrancelhas ficam juntas e franzidas.
 - Você não vai morrer e me deixar lhe devendo um favor - falei. - Por que levou aquela facada?
- Você teria feito o mesmo por mim." - Página 203 

"Pensei em May Castellan, sozinha em sua cozinha, assando biscoitos e fazendo sanduíches para um filho que jamais voltaria para casa." - Página 341




sábado, 6 de agosto de 2022

Resenha: "A Batalha do labirinto"

agosto 06, 2022 2 Comments

 

A BATALHA DO LABIRINTO 
Autor:
 Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 392
Nota: 4,7/5 ⭐


Oii, pessoal! Hoje trago a resenha do quarto e penúltimo livro da série Percy Jackson e os Olimpianos: "A Batalha do Labirinto"! Já terminei a leitura do quinto livro e a resenha deve sair em breve :) Vale deixar registrado que, por se tratar do quarto livro, a resenha certamente conterá spoilers dos livros anteriores. 


O Acampamento Meio-Sangue está prestes a ser invadido pelas tropas do Titã Cronos, pois existe um acesso para o acampamento por meio do Labirinto de Dédalo, antigo e grandioso arquiteto, filho de Atena. No entanto, é muito difícil transitar no Labirinto, uma vez que ele está em constante expansão e seus caminhos mudam constantemente, sendo criado para confundir todos que caminham nele. Por conta disso, o exército de Cronos, liderado por Luke, está buscando uma forma de transitar pelo Labirinto certeiramente e, enfim, chegar ao Acampamento e atacá-lo. Para evitar que isso aconteça, Annabeth recebe a missão de adentrar o Labirinto a fim de encontrar Dédalo e convencê-lo a não ajudar Cronos & Companhia. Consigo, ela leva Percy, Grover e Tyson, e, um pouco depois, Rachel Elisabeth Dare junta-se ao grupo. Rachel apareceu no livro anterior, e, assim como a mãe de Percy, é uma mortal que consegue ver através da Névoa (mecanismo que altera a percepção de realidade dos mortais). 

Além disso, Grover permanece determinado em seu próprio grande objetivo: encontrar o deus Pã, perdido há muitos anos. Na história, há também Nico di Angelo, que fugiu do acampamento no livro anterior e não consegue aceitar a morte da irmã, buscando trazê-la de volta à vida com a ajuda de um fantasma. Ele não apareceu muito em "A Maldição do Titã", mas ganha mais espaço por aqui, o que me agradou! Nico é uma personagem interessante e que tem, nitidamente, bastante potencial. Ele está sendo aprofundado aos poucos, à medida que conhece mais sobre si mesmo, e creio que isso o torna ainda mais instigante. Thalia, por sua vez, deu uma bela sumida, mas isso já era te se esperar, tendo em vista que agora ela é uma Caçadora.



Assim como as obras anteriores, podemos aprender um pouco sobre mitologia grega de forma bastante divertida, em uma história emocionante e cheia de aventuras. Em vários momentos me vi angustiada junto às personagens, pois o Labirinto é capaz de enlouquecer qualquer um! Além de acompanhar o problema principal a ser resolvido (o rolê do Labirinto e Cronos), é gratificante ver a jornada de Grover ganhando novas formas, e também a de Nico. 

Só teve algo que me deixou incomodada na história: a implicância de Annabeth com Rachel, obviamente por conta de Percy Jackson. Rachel é uma garota bastante inteligente e se mostra uma pessoa muito leal, assim como Annabeth também é. Essa rivalidade que pairava no ar toda vez que estavam juntas é incômoda, e, como li em outra resenha, datada. De qualquer forma, a história continua sendo muito boa, apesar deste ~detalhezinho~. 


"A Batalha do Labirinto" é uma obra leve, divertida e bastante eletrizante. Recomendo!! E, tendo lido o último livro da série, digo: ele se tornou o meu favorito! Estou ansiosa para escrever a resenha dele. Bom, é isso galera. Até a a próxima :)


CITAÇÕES FAVORITAS 🌸


"Estou acostumada à perseverança. É preciso se erguer acima das discordâncias e do caos e continuar acreditando. É preciso manter os objetivos sempre em mente" - Página 114

"Conseguir uma coisa e ter a sabedoria para usá-la... são posições bem diferentes" - Página 115

"[...] A procura é a natureza da sabedoria" - Página 200

"[...] Não julgue ninguém até ter estado em sua forja e trabalhado com seu martelo, o.k?" - Página 229 

"Reconstruam o mundo selvagem, um pouco de cada vez, cada um em seu canto do globo. Não podem esperar que ninguém, nem mesmo um deus, faça isso por vocês" - Página 323

"Um gesto generoso pode ser tão poderoso quanto uma espada" - Página 352

"Percy, seres menores tomam muitas atitudes horríveis em nome dos deuses. Isso não significa que os deuses aprovem. A maneira como nossos filhos e filhas agem em nosso nome... isso diz mais sobre eles do que sobre nós" - Página 363