Ontem assisti a "O Grande Hotel Budapeste", terceiro filme de Wes Anderson que vejo. O primeiro foi "Moonlight Kingdom", que detestei fortemente (comentei melhor lá no meu Letterboxd: https://letterboxd.com/mariaritamd/film/moonrise-kingdom/). Por conta disso, fiquei com um certo pé atrás em ver outro longa do diretor, mas semana passada assisti "O Fantástico Senhor Raposo" e fiquei maravilhada e com vontade de ver outro! Assim, cheguei ao "Grande Hotel Budapeste", longa mais aclamado do diretor. Aliás, Wes Anderson é bastante conhecido pelo seu estilo único de direção e pela forma como a fotografia é bem trabalhada em seus filmes, além de contar histórias um tanto excêntricas. "O Grande Hotel Budapeste" não foge à regra, mas, ao contrário de seu antecessor, "Moonrise Kingdom", seu mérito não parece residir unicamente nos aspectos visuais, apresentando um enredo realmente interessante no qual torcemos pelos personagens.
Nesse sentido, o filme se desenrola a partir da leitura do livro "O Grande Hotel Budapeste", desenvolvido a partir de uma conversa entre o escritor (Tom Wilskson/ Jude Law) e Zero Mustafa (F. Murray Abraham/ Tony Revolori), dono do local. Quando ambos se conheceram, o lugar estava em decadência, mas, através do diálogo que travam, Zero conta a sua história a partir de sua relação com o hotel, remontando à década de 1930 e à efervescência do ambiente. Passamos, então, a acompanhar o concierge Gustave H. (Ralph Fiennes) e Zero em seus tempos de juventude, dupla protagonista do longa.
Gustave possuía o hábito de sair com várias senhoras mais velhas e ricas que se hospedavam no hotel, e, quando uma delas é assassinada e deixa um quadro para ele de herança, uma série de desavenças são desencadeadas em razão de disputas pelo patrimônio da mulher, principalmente por conta da figura de seu filho (Adrien Brody) e do capanga dele (Willem Dafoe). Os protagonistas, desse modo, precisam lidar com mortes, perseguições e falsas acusações de assassinato.
Apesar de apresentar tais temáticas, "O Grande Hotel Budapeste" é divertidíssimo e bem leve! A forma como o enredo é desenvolvido chama a atenção e é realmente inteligente, recheado de metalinguagens, com uma "história dentro da história". Além disso, o humor é irreverente e, como já era de se esperar por ser uma marca do diretor, bastante excêntrico. O aspecto visual do longa potencializa essas características, sendo um verdadeiro deleite para os olhos! Ademais, o filme foi baseado na vida e nas obras de um escritor austríaco chamado Stefan Zweig, que inclusive residiu e faleceu aqui no Brasil. Não o conhecia, mas agora fiquei curiosa e vou buscar saber mais sobre ele!
"O Grande Hotel Budapeste" me manteve genuinamente interessada em saber qual seria seu desfecho e em acompanhar como os eventos se desenrolariam, fazendo-me torcer pelos protagonistas. Recomendo!! E recomendo "O Fantástico Senhor Raposo" também, que, ao meu ver, embora seja bastante leve, é um pouco mais sério do que "O Grande Hotel Budapeste" - e talvez fale sobre ele aqui no blog no futuro. Talvez, se der na telha. Por ora, ficamos por aqui! :)

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