terça-feira, 26 de julho de 2022

Resenha: "A Maldição do Titã"

julho 26, 2022 2 Comments
A MALDIÇÃO DO TITÃ
Autor:
 Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 336
Nota: 4,6/5 ⭐


Oi, pessoal" Hoje trago a resenha de "A Maldição do Titã", terceiro livro da saga Percy Jackson e os Olimpianos. Já aviso que esta resenha contém spoilers dos livros anteriores, uma vez que se trata de uma sequência. Siga por sua conta e risco 👀


O livro anterior, "O Mar de Monstros", terminou com a notícia do retorno de Thalia, porque o poder do Velocino de Ouro no pinheiro (antes envenenado por Luke) foi tão forte que fez com que ela retornasse. Assim, neste livro, podemos conhecer um pouco mais dessa personagem tão citada anteriormente, observando a dinâmica entra ela e as outras personagens e como todos os anos em que seu espírito passou na forma de pinheiro a afetaram. 


"A Maldição do Titã" inicia com Thalia, Percy e Annabeth indo visitar um colégio a pedido de Grover, porque ele havia encontrado dois meios-sangues por lá: Bianca e Nico di Angelo. Ambos, no entanto, correm perigo, porque o vice-diretor do colégio é um monstro disfarçado e está sempre à espreita dos dois. Depois de uma luta com o monstro, Annabeth acaba sendo levada por ele e ambos desaparecem, deixando o protagonista bastante angustiado. É durante essa luta, inclusive, que conhecemos as Caçadoras e Ártemis (deusa da caça e da lua), que ajudaram Percy e seus amigos a lutarem contra o monstro e que têm papéis primordiais no enredo. As Caçadoras auxiliam Ártemis e costumam acompanhá-la em suas missões, sendo praticamente imortais, uma vez que só podem falecer em batalhas.


O vice-diretor monstruoso revelou, durante seu ataque, que ele e outros monstros estavam em busca de um monstro específico, bastante poderoso e capaz de destruir todo o Olimpo, ou seja: perfeito para os planos do titã Cronos. Ártemis, portanto, decide encontrar o tal monstro antes dos seguidores de Cronos, mas acaba sendo capturada pele exército do General (grande aliado de Cronos e chefe do vice-diretor monstro). Dessa forma, Zoë Doce-Amarga, uma Caçadora muito importante e experiente, recebe a missão de encontrar Ártemis e salvá-la, levando consigo Bianca di Angelo (que, logo no começo do livro, decide se tornar uma Caçadora), Grover, Thalia e outra Caçadora. Porémm, corre um imprevisto envolvendo essa outra Caçadora, e Percy, eventualmente, se junta à missão (inicialmente fugindo e seguindo o grupo, às escondidas). Claro que, além de salvar Ártemis, ele também está extremamente preocupado com Annabeth, e deseja poder salvá-la também. 



Além de Annabeth, outra personagem que mal apareceu por aqui foi Tyson, mas é justificado: no livro anterior, ele foi trabalhar para o pai, construindo armas. Eles fizeram falta, porque gosto bastante dos dois, mas entendo que é por conta do contexto do enredo, então, como é justificado e, portanto, lógico, está tudo bem. Sobre Thalia: admito que no começo não gostava tanto dela, e, apesar de não ter me apegado muiiito a ela, depois passei a gostar. Queria ter visto mais dela na história, de qualquer forma. Também queria ter visto mais de Bianca di Angelo, mas não irei me estender para não dar spoilers. 


Gostaria de falar um pouco mais sobre a personagem de Zoë Doce-Amarga, que teve bastante destaque em "A Maldição do Titã". No início, ela não tinha me cativado realmente, mas, ao longo da leitura, vamos entendendo melhor a sua história, e, portanto, porque ela tem determinados comportamentos. Passei a admirá-la verdadeiramente, porque Zoë se mostra uma personagem bastante forte e corajosa (desde o começo na verdade, mas, depois de determinadas revelações, essas características se evidenciam ainda mais). Ela se colocou em situações de grande risco e que despertavam gatilhos nela para poder salvar Ártemis, e isso é bastante ousado e comovente. O arco dela foi muito bem construído! Outras personagens novas que também gostei bastante foram Ártemis e Apolo, seu irmão e deus do Sol e das profecias. Ártemis também é muito corajosa e altruísta, e ela mostra isso em vários momentos do livro, especialmente no que se refere ao tratamento de suas Caçadoras. Apolo, por sua vez, é muito engraçado! Rick Riordan tem uma série de livros chamada "As provações de Apolo", e quando descobri sobre ela fiquei me perguntando por que, dentre tantos deuses, o escolhido foi Apolo, mas depois de ler "A Maldição do Titã" creio que tenha entendido. Ele é bastante carismático! 


O terceiro livro se mostrou uma excelente história, e estou absurdamente encantada e envolvida no universo de Percy Jackson. Como falei na resenha de "O Mar de Monstros", é simplesmente fascinante a maneira como tudo está conectado na série! Perceptivelmente, uma história muito bem elaborada. Aliás, estou terminando o quarto livro e posso dizer que o enredo continua eletrizante! Ansiosa pelo desfecho! ❤ 


✿ CITAÇÕES FAVORITAS ✿ 


" - Os sonhos são como um podcast,/fazendo download da verdade em meus ouvidos,/Eles me dizem coisas muito legais.
- Apolo? - arrisquei, pois achei que ninguém mais poderia fazer um haicai tão ruim assim" - Página 162

" - As estrelas - sussurrou ela. - Posso ver as estrelas novamente, minha senhora." - Página 283 

quarta-feira, 20 de julho de 2022

Dica de série: "Modern Family"

julho 20, 2022 0 Comments
MODERN FAMILY
Elenco principal:
 Sofia Vergara, Julie Bowen, Ariel Winter, Sarah Hyland, Ty Burrel, Nolan Gould, Jesse Tyler Ferguson, Aubrey Anderson-Emmons, Eric Stonestreet, Ed O'Neil, Jeremy Maguire, Rico Rodriguez
Criadores: Cristopher Lloyd (e não, não é o ator que fez Doc Brown em "De Volta pro futuro" hahaha) e Steven Levitan
Temporadas: 11
Ano: 2009-2020
Classificação indicativa: 12 anos
Onde assistir: Star+
Nota: 4,7/5 ⭐


Oi, pessoal! Nunca mais falei sobre série por aqui, né? É porque estou assistindo a menos séries ultimamente, e estava focada em Modern Family. Aliás, é justamente sobre ela que irei falar hoje! A série, que tem 11 temporadas, tem episódios curtinhos, leves e super divertidos! Ela é ótima para assistir com a família, em decorrência de sua leveza e de suas temáticas centradas justamente no núcleo familiar. Por falar nisso, assisti ao seriado com meus pais, e, somado ao fato que a série é longuinha, levamos 7 meses (sim, 7 meses) pra assisti-la. Com a escola e com os trabalhos dos meus pais, a gente costumava assistir à série à noite, quando todo mundo podia. Então, foi uma companhia por muito tempo, fazendo parte da minha rotina e que, com certeza, vai deixar saudades! 


"Modern Family" acompanha a dinâmica da família Pritchett a partir de filmagens estilo documentário, com as personagens (que são maravilhosas e super carismáticas) aparecendo, algumas vezes, de frente para a câmera e falando sobre o que está sendo retratado no episódio. A série nos apresenta a 3 núcleos da mesma família: o composto por Jay, Gloria e Manny, o composto por Claire, Phil e seus 3 filhos, e, por fim, o de Mitchell, Cam e Lily. 


Jay é o membro mais velho da família, pai de Claire e Mitchell e marido de Gloria. Ele é dono de uma empresa de armários bem-sucedida e é apaixonado pelo ramo. Ele também é um reflexo dos conservadorismos de seu tempo. Adoro ele, porque, além de ser extremamente engraçado (como todo o elenco), evoluiu bastante ao longos das temporadas, uma vez que tentava superar seus preconceitos estabelecidos há tanto tempo em sua vida. Gloria, sua esposa colombiana, é bemm mais nova do que ele e, de início, precisa lidar com os julgamentos em decorrência da diferença de idade entre ela e Jay. Sua personalidade é bastante forte, sempre lutando pelo o que acredita e pelo que quer, além de ser superprotetora com seu filho, Manny. Manny, por sua vez, é uma criança bastante adorável, sensível e amorosa. Com "espírito de adulto", é sempre divertido quando ele entra em tela com seus sentimentalismos sobre a vida e as coisas que a cerca. A relação construída entre ele e Jay é algo que merece destaque, porque o pai de Manny não era de fato presente em sua vida, e Jay desempenhava esse papel muito bem, com cumplicidade, respeito e amor. Uma relação muito bonita!




Além desse núcleo, temos também o de Claire, filha de Jay. Dona de casa, ela é uma personagem bastante determinada e focada naquilo que deseja, e é interessante como a série vai mostrando a evolução dela na carreira e as mudanças que a cercam, mas não falarei mais sobre isso para não dar spoilers 🤫 Phil Dunphy é seu marido, corretor de imóveis e dono de um coração enorme, sempre fazendo trapalhadas e acolhendo aqueles que ama. Acho que é impossível não se encantar por Phil e sua personalidade amorosa e ingênua! É muito legal ver a forma como ele mantém a criança interior viva em seu cotidiano e até mesmo na própria personalidade. Juntos, Claire e Phil tem três filhos: Hailey, Alex e Luke. Hailey, a mais velha, é a típica adolescente popular, sempre preocupada com a própria imagem e popularidade, sendo um tanto fútil. Adorei acompanhar a evolução dela, e, embora tenha visto algumas pessoas reclamando do final destinado a ela, eu gostei bastante! Deu pra ver como ela evoluiu e estava muito feliz com tudo o que alcançou, mesmo que, definitivamente, tenha sido um caminho cheio de curvas. No início da série, não curtia muito a personagem dela, mas, à medida que as temporadas foram avançando, ela foi me cativando mais. Além dela, temos Alex, a filha do meio, superrr inteligente, centrada em seus objetivos e responsável. É interessante a forma como a série mostra toda a pressão que essas características exercem sobre ela, na maioria das vezes de forma cômica (mas, apesar do tom engraçado, totalmente aplicável à realidade). Por fim, temos Luke, o caçula. Ele é bastante bobinho e ingênuo, mas, apesar de lerdinho, é uma criança bem astuta. Naõ gostei muito da forma como desenvolveram a personagem dele ao longo da série, mas falarei sobre isso depois. 




Por fim, temos o núcleo de Mithcell, também filho de Jay. Ele é advogado, gay, e tem um humor bastante ácido, cheio de sarcasmo e perspicácia. A dinâmica entre ele e o marido, Cam, rende muiiitas risadas! Cam é extremamente dramático, adora a arte performática (por sinal, ele, muitas vezes, atua como um palhaço que tem valor significativo pra ele: Fizbo) e se origina de uma fazenda no Missouri, sempre abordando e fazendo referências ao seu "lado caipira". Os dois são encantadores, e, mesmo que tenham briguinhas bobas com frequência, sempre acabam se compreendendo e se apoiando no final. Adoro eles!! Juntos, eles adotaram a vietnamita Lily, que é muito fofa! Eles fazem a menina da boneca, e é muito divertido e adorável acompanhar tudo. Desde pequena, Lily faz diversos comentários ácidos na série, que trazem ainda mais humor e leveza. Gostaria que ela tivesse aparecido mais, porque suas participações  costumavam conferir um "toque a mais" nas cenas. Além disso, gostaria de falar sobre a relação de Jay e Mitchell, que evoluiu muito ao longo do seriado, uma vez que Jay, conservador, não aceitava verdadeiramente a sexualidade do filho, o que, claro, gerava afastamento e mágoas. Foi muito bonito acompanhar a forma como essa relação cresceu, com compreensão mútua e o entendimento de que, no final, o que realmente importa é o amor. 


Apesar de ser uma série maravilhosa, "Modern Family" peca, especialmente e indiscutivelmente, no que diz respeito às origens latinas de Glória. São muitas as piadas que retratam uma Colômbia muito violenta, perigosa, em contraste com o retrato de exaltação dos Estados Unidos. Isso é bastante incômodo, porque é uma visão muito estereotipada da Colômbia e da América Latina como um todo (e os EUA está longe de ser perfeito, convenhamos). Agora, falando sobre o desenvolvimento de Luke e de Manny (especialmente o de Luke), que não me agradou tanto. Creio que o seriado não tenha sabido como apresentar e desenvolver os dois personagens na adolescência e na entrada da vida adulta, porque eles perderam um pouco a graça e o frescor que tinham no começo da série. Falando especificamente de Luke, parece que ele perdeu um pouco da essência dele, e, embora tenha continuado um tanto engraçado, não houve muitos progressos em sua história e personalidade. Não quero me estender para não dar spoilers e, se você assistiu à série e discorda de mim nesse aspecto, tudo bem :) Se você ainda não assistiu, assista e tire as suas próprias conclusões, porque, apesar de tudo, ainda vale muito a pena!



Com uma gama de personagens tão diversos, "Modern Family" faz jus ao título e apresenta uma família moderna e, acima de tudo, real. De forma cômica, acompanhamos o cotidiano dessa família nem um pouco convencional, sendo apresentados temas relevantes, realistas e com os quais podemos no identificar facilmente. Além disso, é muito legal poder acompanhar o crescimento das personagens, especialmente das crianças! As personagens estão longe de serem perfeitas, e isso é maravilhoso! São humanas: cometem erros, acertos, evoluem, passam por mudanças, amam, odeiam, têm qualidades e defeitos, aprendem, e... ufa! Vocês entenderam. Tudo aquilo que faz parte da experiência de sermos humanos. Adoro a maneira como a série consegue ter esse olhar sagaz para retratar a vida como ela é, sempre com  muita leveza para evidenciar o humor nas vivências das personagens - e, por que não?, para que possamos trazer um pouco desse olhar para a nossa própria realidade. ❤

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Resenha: "O Mar de Monstros"

julho 11, 2022 0 Comments
O MAR DE MONSTROS
Autor:
 Rick Riodan
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 304
Nota: 4,7/5 ⭐


Oi, pessoal! Hoje trago a resenha do segundo volume da série Percy Jackson e os Olimpianos: "O Mas de Monstros"! Ele conseguiu ser ainda melhor do que "O Ladrão de Raios", pois já estava familiarizada com o universo criado pelo Rick Riordan e as cenas foram, para mim, mais emocionantes. Gostei tanto que devorei o livro em apenas 2 dias, e pre-ci-so ler o terceiro urgentemente!! Bom, enquanto isso, vamos à resenha :) Ah, é importante destacar que, por ser a resenha do segundo livro, obviamente, haverá spoilers do primeiro livro. 


"O Mar de Monstros" começa mostrando Percy no último dia de aula em sua nova escola. Estava indo tudo bem: ele conseguiu passar um ano inteiro sem ser atacado por monstros e tinha até feito um novo amigo, Tyson. No entanto, um jogo de queimado entre Percy, os colegas e supostos estudantes que estavam de visita ao colégio resultou em uma grande confusão, pois os "estudantes" eram monstros. Com isso, Annabeth chega e ajuda a detê-los, avisando a Percy que o Acampamento Meio-Sangue corre perigo, pois a árvore de Thalia foi envenenada. Consequentemente, a barreira que protege o local estava frágil, fazendo com que o espaço sofresse diversos ataques. Dessa forma, Percy, Annabeth e Tyson (que vai junto porque Percy não queria deixá-lo sozinho e vulnerável) partem para o Acampamento a fim de tentarem resolver a situação, mas encontram ainda mais problemas. Quíron, o centauro e diretor de atividades do Acampamento, havia sido acusado de envenenar a árvore, sendo demitido e substituído por um espírito que sofria punições no Mundo Inferior, Tântalo. Além disso, foi revelado nos sonhos de Percy que Grover está preso na caverna de Polifemo, um ciclope que deseja se casar com o sátiro, acreditando que ele seja uma ciclope fêmea. No local onde a caverna se encontra também está o Velocino de Ouro, artefato mágico capaz de salvar a árvore de Thalia. Assim, Percy solicita uma missão a Tântalo, para salvar o Acampamento e Grover. Entretanto, o diretor, que assume uma postura bastante irresponsável e ignorante diante dos problemas que o Acampamento sofre, recusa-se a dar a missão à Percy Jackson e seus amigos, dando-a à Clarisse, filha chatinha de Hades. Ela, inclusive, ganha um pouco mais de destaque neste livro, sendo importante para a história. 

Obviamente, Percy ignora completamente seu pedido negado, fugindo do Acampamento com Annabeth e Tyson em busca do Velocino. Para isso, eles precisam atravessar o Mar de Monstros, que dá título à obra.




Embarcamos em mais uma aventura, permeada de momentos emocionantes e reviravoltas. Também descobrimos mais sobre as personagens e os aspectos mencionados no livro anterior, como a profecia que envolve Percy Jackson e que foi citada por Quíron e Annabeth em "O Ladrão de Raios" e os planos de Cronos, que segue usando Luke para concretizá-los e manipulando monstros e outros semideuses. Sobre as personagens, destaco o maior aprofundamento que Annabeth recebeu no livro, que me fez gostar ainda mais dela. Considero bastante interessante como tudo se mostra interligado da série, sendo fascinante poder acompanhar tudo isso (afinal, não sabemos exatamente o que esperar)! Gostaria de acrescentar também que, no começo da leitura (e não é um spoiler, podem ficar tranquilos) Percy descobre que Tyson é um ciclope (e outra coisinha também...), precisando lidar com as novas descobertas. Eu adorei a forma como Tyson foi inserido na história! Ele é muito fofo, ingênuo e leal, mas sofre muito preconceito no Acampamento por ser um ciclope, e, nesse ponto, Rick Riordan levantou questões bastante importantes. Quantas vezes deixamos de conhecer realmente alguém por julgar o que essa pessoa aparenta ser? Tyson sofre muita discriminação, uma vez que as pessoas esquecem de enxergá-lo como ele realmente é e o reduz às próprias ideias pré-concebidas: um monstro. Um inimigo. Uma aberração.


Mais uma vezes, Rick Riordan entrega uma obra que encanta de forma leve e extremamente divertida, que te faz aprender bastante sobre Mitologia Grega e que traz personagens cativantes. Foi bastante difícil largar o livro, que te deixa com gostinho de quero mais. Recomendo bastante :)


❁ CITAÇÕES FAVORITAS ❁

"Meu caro jovem primo, se há algo que aprendi ao longo das eras, é que você não pode desistir da sua família, não importa quanto tentado se sinta a isso" - Páginas 111 e 112

"Ficamos perto de morrer umas seis ou sete vezes, só, o que considerei muito bom." - Página 211

"Mas Percy... você é parte deus, parte humano. Vive em ambos os mundos. Pode ser ferido por ambos, e pode se influenciar por ambos. É isso que torna os heróis tão especiais. Você transporta as esperanças da humanidade para a esfera do eterno" - Página 259




sexta-feira, 8 de julho de 2022

Resenha: "O Ladrão de Raios"

julho 08, 2022 0 Comments
O LADRÃO DE RAIOS
Autor:
 Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 400
Nota: 4,5/5 ⭐


Oi, pessoal! Hoje trago a resenha de "O Ladrão de Raios", primeiro livro da série "Percy Jackson e os Olimpianos". Foi uma leitura bastante agradável e empolgante, que fugiu um pouco do que eu costumo ler (o que, creio eu, torna a experiência de leitura um pouco mais interessante). Estava olhando os livros que minha tia tem no apartamento dela, e ela disse para eu escolher um deles para ler. Escolhi "O Ladrão de Raios", justamente por estar buscando algo que me fizesse sair um pouquinho da minha zona de conforto e porque é uma série bastante querida, o que me deixou um tanto curiosa. Minha tia, então, que tinha também a sequência ("O mar de monstros", que já estou lendo, inclusive), me deu os dois livros! Uhuuuu! Enfim, estou gostando bastante! :) 


Ah, o Disney+ vai transformar a história em série! Há também um filme, que eu não assisti, mas as pessoas dizem que é uma adaptação bem ruim. Não pretendo assisti-lo no momento, mas quem sabe um dia, pra tirar minhas próprias conclusões... Aguardemos para ver o que a série nos trará :)


"O Ladrão de Raios" nos apresenta a Percy Jackson, um garoto de 12 anos aparentemente comum, com um detalhe: ele é um meio-sangue\semideus, mas ele só descobre isso no decorrer da leitura. Desde pequeno ele passa por situações incomuns que o deixam em maus-lençóis, sendo sempre expulso das escolas em que estuda, além de ter muita dificuldade nos estudos. No entanto, um evento ainda mais incomum ocorreu a ele: sua professora de iniciação à álgebra se transformou em um monstro e tentou assassiná-lo, o que o deixou bastante assustado. Percy, então, luta com a sua professora e a transforma em pó. A partir disso, mais monstros começaram a persegui-lo e a colocar em risco a sua vida e das pessoas ao seu redor. Quando Percy e sua mãe vão passar uns dias em uma casa de praia, um Minotauro começa a persegui-los, e seu melhor amigo, Grover, surge para ajudá-los a escapar. Em uma sequência cheia de ação, Percy consegue derrotar o Minotauro, que vitimiza a mãe do protagonista na luta. Depois desse triste acontecimento, Percy e Grover vão para o Acampamento Meio-Sangue, onde Percy entra em contato com outros semideuses (e descobre que é um deles) e criaturas mitológicas. Assim, ele também descobre que Grover é, na verdade, um sátiro, cuja função era protegê-lo, entre outras descobertas.


No Acampamento Meio-Sangue, Percy faz novas amizades, participa de atividades e treina para ser um herói. Lá, ele também descobre que existe um grande problema: o raio-mestre de Zeus fora roubado, e Percy recebe a missão de recuperá-lo, com a ajuda de seus amigos Grover e Annabeth, filha de Atena, a deusa da sabedoria. Dessa forma, os três partem em uma aventura cheia de obstáculos em direção ao Mundo Inferior, dominado pro Hades, o deus dos mortos, pois acredita-se que ele esteja com o raio-mestre do irmão. Essa missão também tem um significado especial para Percy, que pretende salvar a mãe, presa no Mundo Inferior. Além disso, ele recebeu uma profecia, e, ao longo da leitura, vamos acompanhando a sua concretização, ansiando pela forma como ela irá ocorrer.


Você irá para o oeste, e irá enfrentar o deus que se tornou desleaL.

Você irá encontrar o que foi roubado, e o verá devolvido em segurança.

Você será traído por aquele que o chama de amigo.

E, no fim, irá fracassar em salvar aquilo que mais importa. 

 


Como vocês puderam perceber, o livro traz para os dias atuais a Mitologia Grega, o que resulta em uma trama bastante criativa, divertida e interessante! Antes que possamos perceber, estamos completamente absorvidos por esse mundo cheio de lutas, heróis, deuses e seres mágicos. É uma história com muitas reviravoltas e aventuras, e me encontro em estado de encantamento. A relação entre Percy e seus amigos é bastante bonita e natural, assim como a sua relação com a sua mãe. Vale destacar também que Percy Jackson é um personagem bastante cativante! Corajoso, gentil, carinhoso com as pessoas ao redor, teimoso (e, aqui, rola uma identificação da minha parte hahaha)... enfim, apaixonante!! A forma como ele se preocupa com aqueles com quem se importa e não mede esforços para cuidar dos outros e lutar por aquilo que acredita é verdadeiramente admirável. Além disso, Grover e Annabeth também são personagens bastante cativantes! Grover, com seu jeito atrapalhado, mas cuidadoso de ser, e Annabeth, com toda a sua inteligência. Um trio realmente amável. 


A forma como Rick Riordan escreve é bastante simples e dinâmica, o que torna a história ainda mais fluida. Percy Jackon é um excelente narrador! Enfim, recomendo bastante. Estou ansiosa para descobrir o que vem por aí... 


Mesmo a força às vezes tem de se curvar à sabedoria - Página 238

 

quarta-feira, 6 de julho de 2022

10 músicas para ouvir enquanto lê

julho 06, 2022 0 Comments

Oi, pessoal! Você costuma ouvir música enquanto lê? Eu costumo, pois, muitas vezes, torna a leitura ainda mais agradável e emocionante. Pra ser sincera, eu ouço música pra fazer quase tudo, e acho incrível como ela me acompanha nos mais diversos momentos e torna a minha vida mais colorida :) Pensando nisso, decidi fazer esse post indicando 10 músicas para ouvir enquanto lê! Também para dar uma variada nas postagens daqui 😅 As sugestões são de músicas que eu gosto e que eu tranquilamente ouviria enquanto leio. 

Ah, eu tenho uma playlist no Spotify dedicada a isso, chamada "Um livro, um chá e boas vibrações"  (clique no nome da playslit para ser redirecionado a ela) <3 Inclusive, anexei-a aqui no blog há um bom tempo. Se estiver usando um computador, a playlist aparece na lateral do site. Caso esteja no celular, é só ir rolando a tela até aparecer uma plaquinha com o nome "Playlist para ler :)". No entanto, aqui no site, o box da playlist tem o limite de mostrar apenas as 100 primeiras músicas, sendo necessário abrir o Spotify para realmente ouvir todas 🥲  Caso fique com curiosidade, dê uma conferida. Algumas das músicas que indiquei aqui nem estavam na playlist, aliás. 


Enfim, vamos às indicações! Se você tiver alguma sugestão, fique à vontade para colocar nos comentários :) 


1 - I CAN'T STAND IT (VERSÃO ACÚSTICA) - BLOSSOMS

Eu amo essa música, ainda mais na versão acústica. Considero-a bastante bonita, especialmente quando ela está chegando perto do final, além de ser bem tranquilinha.
 




2 - AMIGOS ATÉ CERTA INSTÂNCIA - JOVEM DIONÍSIO

Sim, é a banda do "Acorda, Pedrinho" (aliás, que incrível a capacidade da internet de saturar as canções de forma tão rápida e eficaz). "Amigos até certa instância" é uma música bemm gostosinha de se ouvir, sendo até um tanto viciante! Além disso, o clipe, que foi feito durante a quarentena, é bem legal!





3 - STAND ON THE HORIZON - FRANZ FERDINAND 

Que música, meus amigos. Que música. É a minha favorita (pelo menos até agora) do Franz Ferdinand, banda que estou viciada no momento. Talvez faça um post dedicada a ela no futuro, quando tiver conhecido mais dela :) Mas voltando a falar de "Stand On The Horizon..." Amo como a canção é bastante relaxante e atinge seu ápice no final, de forma transcendental em um conjunto de vozes extremamente harmonioso ("Come to me... Won't you come to me with you?"). Enfim. Apenas perfeita! 





4 - UNIVERSO AO MEU REDOR - MARISA MONTE

De sonoridade bem leve, a agradável música é perfeita para acompanhar os momentos de leitura, e outros leves e simples momentos da vida também 💛 Isso vale para as músicas da Marisa de uma forma geral





5 - DON'T - BRVNKS

Essa música tem uma sonoridade bem gostosa também (apesar da letra um tanto... agressiva 😅). Dentre as canções da Bruna que conheço (BRVNKS), essa certamente é a minha favorita, embora tenham outras que também goste bastante.
Existem duas versões da canção: a do álbum "Morri de Raiva" e a do EP "Lanches", mas a minha favorita é a do álbum. Como isso é questão de gosto, coloquei as duas versões aqui. :)






6 - GATA TODO DIA - MARINA LIMA

Não sei explicar o motivo, mas essa música faz com que eu me sinta bastante nostálgica, de uma forma boa. Recomendo bastante! 




7 - NEXT OF KIN - ALVVAYS 

Amo essa música! Uma das minhas favoritas do Alvvays! Recomendo muito o álbum autointitulado da banda, lançado em 2014, que segue a sonoridade indie e agradável deles. Preciso ouvir o "Antisocialites" , de 2017, antes de falar sobre ele por aqui, mas certamente é muito bom também :) Quem sabe eu também não faço um post pra banda por aqui? 




8 - MANIA DE VOCÊ - RITA LEE

De melodia suave e tranquila, a música é viciante e certamente uma boa companhia para momentos de leitura :) No entanto, não cantar junto pode ser um tanto desafiador... 




9 - WOT'S... UH THE DEAL - PINK FLOYD

Essa música é bem calminha, de melodia verdadeiramente contagiante e que transmite leveza a quem escuta. 



10 - LEVE - JORGE VERCILLO

O próprio título pode ser utilizado para descrever a canção, que faz com que eu me sinta muito bem.



FIM! 🌸  

É isso, pessoal! Certamente farei mais listas recomendando músicas, pois tive que deixar várias canções que gostaria de recomendar de fora. Beijos e até a próxima! Espero que gostem das músicas ;)

terça-feira, 5 de julho de 2022

Resenha: "Com amor, Anônima"

julho 05, 2022 0 Comments
COM AMOR, ANÔNIMA 
Autora:
 Wendy Mora
Número de páginas: 160
Editora: Planeta
Nota: 3/5⭐


Oi, pessoal! Hoje trago a resenha de "Com amor, Anônima", que ganhei de presente da minha madrinha. É uma leitura bem rápida e dinâmica, e a fiz em menos de 24 horas! 


"Com amor, Anônima" apresenta uma história bem simples e clichê (muiiito clichê), mas que diverte. Elisabeth recebe uma mensagem de um número desconhecido, justo na noite em que ela está com insônia. O remetente é Alex, que, ao pedir o telefone de uma garota, acabou recebendo o número errado - justamente o de Elisabeth. Assim, apesar de inicialmente não gostarem um do outro, eles passam cada vez mais a conversarem com frequência, tornando-se amigos rapidamente. Como eles trocaram nomes falsos, para protegerem a própria identidade, eles não sabiam que já se conheciam na vida real. Ambos se conheceram quando Daniel, melhor amigo de Alex, bateu sem querer no fundo do carro do pai de Irene, melhor amiga de Elisabeth e namorada de Daniel. Como eles estavam pegando carona com seus respectivos amigos, acabaram se conhecendo nesse incidente - e se interessado um pelo outro de cara. 




Com capítulos alternados entre os protagonistas, a autora vai desenvolvendo a história, que é bem... genérica. É a materialização de clichês. As personagens não são bem desenvolvidas (o que faz com que não nos apeguemos a nenhuma delas), assim como os elementos que a escritora insere para tornar a história deles mais interessantes - sem muito sucesso, já que não há um desenvolvimento real. Isso colabora para que as personagens sigam o mesmo destino que o enredo: sejam genéricas. A linguagem é bem simples, e os diálogos, no início, me incomodaram um pouco, porque os adolescentes pareciam crianças falando, mas depois me acostumei com isso. Além disso, em determinado momento, Elisabeth dá a Alex seu número de telefone e conversam um pouco, mas Elisabeth acha que está conversando com Matt (pseudônimo de Alex). Como eles não perceberam que eles eram os amigos virtuais um do outro? Isso não faz sentido, e não teve uma explicação pra isso na história. 


Há também um filme baseado no livro, disponível na Netflix (como a própria capa indica). O longa-metragem, que possui o mesmo título que a obra em que foi baseado, me agradou mais do que o livro, uma vez que deu um desenvolvimento mais interessante às personagens, e a história ocorreu de forma mais convincente. No entanto, o filme (que eu assisti por causa do livro) é completamente diferente da obra literária. O nome da maioria das personagens é diferente (Elisabeth, por exemplo, se chama Valeria no longa), a forma como os protagonistas se conheceram na vida real é diferente, assim como a maneira como eles se aproximaram , e, consequentemente, se apaixonaram, a dinâmica deles com a família, entre várias outras coisas. Parecia outra história com a mesma premissa, seguindo somente os elementos mais básicos do livro. Como o filme conseguiu tornar a história do livro melhor (pelo menos ao meu ver), não acho que as mudanças tenham sido negativas (só as mudanças de nome que eu considerei desnecessárias). 


De qualquer forma, o livro foi agradável para passar o tempo. Por conta de sua simplicidade e por ser curtinho, eu o recomendaria à pessoas entre 9 e 11 anos, que estão começando a entrar nesse mundo da leitura. Para as pessoas em geral, eu recomendaria mais o filme :)



domingo, 3 de julho de 2022

Resenha: "Adultos sem filtro e outras crônicas"

julho 03, 2022 0 Comments
ADULTOS SEM FILTRO E OUTRAS CRÔNICAS
Autora:
 Thalita Rebouças
Número de páginas: 192
Editora: Rocco
Nota: 3,7/5 ⭐


Oi, pessoal! Hoje trago a resenha de "Adultos sem filtro e outras crônicas", escrito por Thalita Rebouças. Diferentemente dos outros livros da autora, este aqui não foi pensado para o público adolescente especificamente, mas para pessoas de todas as idades, como a própria Thalita indica no começo da leitura. Amo a escrita dela, sempre bem-humorada e leve, perfeita para todos os momentos! É uma leitura bem rápida, possível de se fazer em um dia (eu, por exemplo, li em menos de 24 horas: comecei na noite de quinta e concluí a leitura na sexta de manhã). 


Como indica o próprio título, a obra é uma coletânea de crônicas da autora, publicadas no site da Veja Rio e algumas publicadas em outros sites. O livro é dividido em 10 partes: 

  • Linda e Magra
  • Celebridades e Subcelebridades 
  • Hipocondríaca? Eu?!
  • Fala Sério, Taxista!
  • Fofura em pessoa
  • Ai, ai... Humanos...
  • Grande Família
  • Eu te amo
  • Lisboa, querida Lisboa
  • Eu, uma escritora

Assim, Thalita vai refletindo sobre diversos assuntos do cotidiano, sempre de forma alegra e carismática: beleza, celebridades, sua hipocondria (e, nessa parte, eu me identifiquei com ela, mas a Thalita consegue ser ainda pior do que eu kkkk Um verdadeiro caso sério), eventos atípicos e divertidos que aconteceram entra ela e alguns taxistas, algumas situações que ocorreram com ela em suas viagens para Lisboa (e essa foi a minha parte favorita do livro, fazendo com que eu quisesse viajar pra lá!), sobre suas vivências como escritora e várias outras coisas! Foi uma experiência muito legal poder entrar um pouquinho no mundo da autora, que sempre conta com suas histórias de maneira informal e animada. A sensação que passava era que estávamos conversando com a própria Thalita! 

Algo que eu adoro sobre crônicas é a capacidade que elas têm de evidenciar algum aspecto do cotidiano, fazendo com que o admiremos ainda mais, e "Adultos Sem Filtro" faz isso muito bem. Não é um livro memorável, mas, naquele curto período de leitura, foi uma ótima e agradável companhia, como uma visita a me acompanhar em uma tarde banal. Obrigada, volte sempre!