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VERÔNICA E OS PINGUINS Autora: Hazel Prior Editora: Gutenberg Número de páginas: 352 Nota: 3,8/5 ⭐ |
Oi, pessoal! Ontem concluí a leitura de "Verônica e os pinguins", livro que peguei emprestado da Biblioteca Central da UFS, minha universidade. Estava buscando algo levinho e descontraído, e no processo, quando vi a lombada de "Verônica e os Pinguins", reconheci que se tratava de uma edição da TAG. Para quem não sabe, - e comentei anos atrás sobre o tema no blog - a TAG é um clube de assinaturas literário, em que cada mês você recebe um livro surpresa em sua casa junto de alguns mimos. Eu nunca assinei, mas acho bem interessante. Quando vi que a UFS tinha umas edições da TAG (pois os assinantes recebem edições exclusivas dos livros) fiquei curiosa e dei uma olhada. Foi assim que cheguei até "Verônica e os Pinguins", obra que desconhecia completamente e que decidi ler porque gostei da sinopse (simples assim!).
O livro acompanha Verônica McCreedy, uma senhora com 85 anos de idade, milionária, solitária e muito ranzinza. Ao refletir sobre a própria vida e a proximidade de sua morte, Verônica decide avaliar o destino de sua fortuna após o seu falecimento, pois não queria deixar tudo para o governo. Assim, procura saber se possui algum descendente vivo, uma vez que seu filho foi adotado por outra família e era falecido há anos, descobrindo a existência de Patrick, seu neto. Em meio à tal descoberta, a protagonista também passa a assistir um programa de televisão que acompanha um grupo de cientistas estudando pinguins na Antártica. Apaixonada pelos animaizinhos, preocupada com o risco de extinção que sofrem e após um encontro mal-sucedido com Patrick, Verônica pensa que seria bom deixar seus milhões de dinheiro nas mãos do projeto que estuda os pinguins. Antes de tomar sua decisão definitiva, porém, a senhora vai até a Antártica para verificar se vale a pena deixar sua herança com os cientistas, mesmo com as contraindicações de todos - as quais, vale destacar, ela não dá a mínima. Envolta por três cientistas, um monte de pinguins fofos, um neto recém-descoberto e um passado difícil e doloroso com o qual precisará lidar, Verônica vai, enfim, se permitir criar vínculos com as pessoas e aprender a recomeçar.
A vida pode ser generosa. Pode curar o coração e sussurrar que é sempre possível recomeçar, que nunca é tarde demais para fazer a diferença. Pode mostrar que há muitas, muitas coisas pelas quais vale a pena viver. E uma dessas coisas, uma das coisas mais alegres e inesperadas de todas, são os pinguins.
[...] A senhora não acha que, conforme os anos passam, a pessoa se torna menos obcecada consigo mesma e se preocupa mais com os outros? À medida que a gente envelhece, é como se a capacidade para o amor crescesse.
Como mencionei, considerei a obra superficial em determinados aspectos. Com exceção de Verônica, sinto que os outros personagens da história foram pouco desenvolvidos, inclusive seu neto Patrick, que narra diversos capítulos da obra e que, apesar disso, creio que tenha recebido um desenvolvimento mediano. Ademais, considerei o final da obra corrido: os fatos ocorrem rápido demais e os problemas desaparecem com a mesma velocidade com que surgem. Acredito, portanto, que o final poderia ter recebido um desenvolvimento melhor, com mais detalhes sobre o que ocorria. Um específico romance (não irei nomear entre quais personagens, para não dar spoilers), que acontece no final da obra, por exemplo, floresce do nada como se fosse o maior amor do mundo e isso me deixou um tanto incomodada, pois parece tudo muito conveniente e pouco convincente. De qualquer modo, apesar desses pesares, creio ter sido uma boa leitura.
"Verônica e os Pinguins" é um livro agradável, divertido e sensível. Uma boa pedida para quem busca algo leve, um tanto clichê e que seja encantador! No fim das contas, olha só, sentirei falta dos pinguins!
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