quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

"Doce de Mãe" é um doce de série

fevereiro 22, 2023 0 Comments
DOCE DE MÃE
Elenco principal:
 Fernanda Monetengro, Louise Cardoso, Matheus Nachtergaele, Marco Ricca, Mariana Lima, Daniel de Oliveira, Drica Moraes, Elisa Volpatto, Áurea Baptista, Evandro Soldatelli
Diretores: Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo
Temporadas: 1 (+ filme)
Ano: 2012 e 2014
Classificação indicativa: 12 anos
Onde assistir: Globoplay
Nota: 4,5/5⭐


Oi, pessoal! Hoje trago a dica de um filme e de uma minissérie super legais e rápidos de serem assistidos! Isto porque o filme antecede a série (de apenas 14 episódios), e funciona como uma espécie de episódio piloto. Estou falando de "Doce de Mãe", protagonizada por Fernanda Montenegro (que inclusive ganhou um Emmy pela produção) e disponível no Globoplay! O filme foi produzido para ser exibido na TV Globo na época de Natal em 2012, e a série foi ar no começo de 2014. 


Em "Doce de Mãe" acompanhamos a divertidíssima Dona Picucha e as suas peripécias. No filme, a auxiliar doméstica de Picucha vai ser casar e deixará de trabalhar para a senhora depois de 27 anos, fazendo com que os filhos de Picucha encontrem um jeito de lidar com a saída da moça. Afinal, Picucha não poderia morar sozinha em casa no auge de seus 80 anos. Com isso, uma série de acontecimentos cômicos se desenrolam enquanto os filhos decidem quem ficará com a mãe e buscam uma nova auxiliar doméstica para fazer companhia a ela. Já na série, Dona Picucha se envolve com uma questão ainda maior: ela descobre que seu falecido marido, Fortunato (Francisco Cuoco), havia pagado a faculdade de Rosa (Drica Moraes), filha de uma antiga babá da família que havia ido embora abruptamente. Desconfiada de que Rosa pudesse ser filha de Fortunato, Picucha vai atrás da moça enquanto busca solucionar essa questão. 


Em meio a tudo isso muitas coisas acontecem e fatos engraçados permeiam a trama constantemente. Cada episódio conta com uma trama paralela aos eventos principais da série, gerando situações bem cômicas. Enfim! Para além de Picucha, nós temos seus filhos, também divertidos: Fernando (Matheus Nachtergaele), Suzana (Mariana Lima), Elaine (Louise Cardoso) e Sílvio (Marco Ricca). Também merece destaque Jesus (Daniel de Oliveira), ex-aluno de Fortunato na faculdade, amicíssimo de Picucha e morador de rua. 


É uma trama bem simples e, sem sombra de dúvidas, encantadora. Quantas famílias não passam por algumas situações descritas, afinal? Aliás, a trama também encanta pelo carisma da própria protagonista, muito esperta e sedenta por viver mesmo com as limitações que a idade impõe. É impossível não ser cativado por Picucha, que inspira o telespectador e representa, à sua maneira, inúmeras mães brasileiras. Essa representação da velhice é bastante positiva, pois todos nós um dia chegaremos lá. Além disso, as situações que dona Picucha apronta arrancam risadas e sorrisos de quem assiste, e o que resta é o sentimento de alegria e agradabilidade brotando no peito. A conclusão, portanto, não poderia ser outra: "Doce de Mãe" é mesmo um doce de série!


domingo, 19 de fevereiro de 2023

Tag: 20 músicas

fevereiro 19, 2023 0 Comments

Oi, pessoal! Sei que andei meio sumidinha por aqui, devido às aulas da escola. De qualquer forma, vou aproveitar esse tempinho de descanso proporcionado pelo Carnaval para dar as caras por aqui novamente. No post de hoje, decidi trazer uma Tag antiguinha de músicas! Descobri a existência dela graças a um vídeo antigo do canal Matando Matheus a Grito (que eu adoro e recomendo bastante), e, aparentemente, você tinha que responder quando indicado por alguém. Vou responder de qualquer forma, mesmo sendo uma tag antiga e mesmo não tendo sido indicada por ninguém, pois achei bem divertida e interessante! E eis o link do vídeo do Matheus, inclusive: https://www.youtube.com/watch?v=Sq6UtMfvoCY

1 - Música favorita

Essa categoria é bastante difícil, até porque a minha música favorita vai depender muito do momento. De qualquer forma, se eu tivesse que escolher só umazinha, creio que escolheria "Sparks", do Coldplay, porque a conheço há anos e simplesmente não enjoo dela. Continuo achando a canção belíssima em sua melancolia <3



2 - Música que mais odeia

Ok, eu acho que "odiar" é um termo bastante forte hahaha! Não odeio nenhuma música, mas não gosto de um monte... hehehe. Não consigo pensar em nenhuma que se sobressaia o suficiente na fila do meu desgosto para que eu a encaixe na categoria do ódio, mas, para não ficar sem resposta, respondo com "Trem Bala", da cantora Ana Vilela. Eu não odeio essa música, e a letra é até interessante, mas ela está TÃO enjoada, TÃO enjoada, que eu simplesmente não a suporto mais!! É como se meu ouvidos sangrassem figurativamente, e não é uma sensação agradável... 



3 - Música que te deixa triste 

Eu creio que isso dependa muito do momento em que eu escute a música, mas tem umas músicas que derrubam um pouco a vibe de qualquer um kkkk Um bom exemplo é "Nutshell", do Alice in Chains. A música é bem massa e tem o ritmo um pouco melancólico, mas ela ficou muito mais pesada quando eu fui ver a letra. Continua sendo uma excelente música!



4 - Música que te lembra alguém 

Minha mãe é fã de Michael Bublé, e tem uma música dele que ela escuta bastante, chamada "Home".  Lembro-me de que, quando eu era pequena, frequentemente pedia para que ela e meu pai cantassem pra mim quando eu ia dormir, e ela às vezes colocava "Home" para tocar. É bem bonita e me lembra muito dela <3.



5 - Música que me deixa feliz

Um monte! Uma delas é "I Bet You Look Good On the Dancefloor", do Arctic Monkeys, pois ela é alto-astral, contagiante e costumeiramente dá vontade de cantar junto! E, claro, dançar também, mesmo que não eu não seja tão boa assim na pista de dança (mas obrigada por apostar nisso, Alex Turner) hahaha 



6 - Música que te lembra um momento específico 

Em 2017 eu fazia aula de música, e um dos eventos proporcionados pela escola foi justamente uma apresentação em um asilo aqui da minha cidade. Eu cantei a música "Anjo", do Roupa Nova, e escutá-la me faz lembrar desse momento! Foi muito legal e especial animar a tarde dos idosos que nos assistiram, pois eles ficaram claramente mais felizes. Apenas um exemplo da importância da música na vida das pessoas, como ela realmente nos colore. Gosto de me lembrar desse dia, porque é uma lembrança feliz!



7 - Música que você sabe a letra inteira

"Amor I Love You", da Marisa Monte, é a primeira que me vem à cabeça. Isto porque a conheço e canto desde miúda! Minha mãe tem o DVD de um show da Marisa, e eu simplesmente me apossei dele e colocava pra tocar o tempo inteiro! "Amor I Love You" ficava grudada na minha cabeça, e eu a cantarolar... hoje em dia não a escuto com tanta frequência, pois ouvi tanto que admito que enjoei um pouquinho, mas ela é guardada com carinho dentro de mim. E, acredite, sempre que surge a oportunidade eu ainda a canto por aí! É sempre bom, porque sei de cor e salteado e todo mundo gosta (e eu também, claro hahaha).



8 - Música que te faz dançar 

Tem uma música chamada "Maria Rita", de João Nogueira (o pai de Diogo Nogueira) que eu simplesmente adoro! Ela é bem alegre e a letra é uma gracinha, e, como ela leva meu nome, é claro que gosto ainda mais. Uma homenagem bem mais legal ao meu nome do que a Rita da facada! Hahaha! Minha família também adora essa música, e, quando a minha avó e meu avô a descobriram graças a um programa de música que estava passando na TV, pediam para eu cantá-la direto! :)


9 - Música que te ajuda a dormir

Eu não costumo ouvir música para adormecer hoje em dia, mas, até os meus 7 anos mais ou menos, como eu disse antes, eu pedia aos meus pais para cantarem ou colocarem música para mim. Quem costumava cantar era o meu pai, e era sempre "Alecrim Dourado". Se ele parasse de cantar antes de eu adormecer, eu reclamava e pedia pra ele continuar. Então, "Alecrim Dourado" já me ajudou a dormir antigamente, e é por isso que está é a minha resposta hahaha 




10 - Música que você gosta em segredo

Se eu contasse qual é deixaria de ser segredo, não? Brincadeiras à parte, "Bang" da Anitta é uma música que eu não falo pra ninguém que gosto, e nem coloco pra tocar com certa frequência. No entanto, quando toca, dá sempre vontade de cantar e dançar junto!



11 - Música com a qual você se identifica

Isso varia muito de tempos em tempos, mas, no momento, não consigo pensar em nenhuma cuja letra eu veja e pense: "oh, meu Deus, parece que ela tá me descrevendo!". Desculpa, galerinha, mas essa aqui vai ficar sem resposta. 

12 - Música que você cantava e agora odeia

Creio que nenhuma.... 

13 - Música do seu disco preferido

Eu não tenho um disco preferido no geral, eu tenho discos que eu adoro de determinados artistas. Por exemplo: o "Humbug" é meu álbum favorito do Arctic Monkeys, o "Parachutes", do Coldplay e eu amo o "The Queen is Dead", do The Smiths, entre outros. Vou responder com uma música do "Parachutes" usando o critério de que Coldplay foi uma das primeiras bandas que eu vim a amar e o Parachutes um dos primeiros álbuns que eu ouvi. Por isso, acho justo selecionar "Trouble", pois foi a primeira música da banda que eu escutei! Por incrível que pareça, eu me lembro até do contexto... estávamos eu, minha mãe e minha tia escutando músicas no YouTube na sala de TV, por volta de 2012/2013, mas provavelmente 2013. Eu pedia pra minha tia colocar algumas músicas e ela botava... até que eu pedi a música da Barbie (sim, a da Kelly Key) e ela não quis colocar. Em vez disso, ela botou "Trouble", e eu fiquei assistindo ao clipe, chateadíssima por ter que escutá-la no lugar de Sou a Barbie Girl. Por isso, nem dei bola, e só torci pra que ela terminasse logo, coitada. No entanto, a escutei outras vezes depois dessa, e foi inevitável não me apaixonar por ela. Ah, minha tia acabou atendendo ao meu pedido, depois de muita insistência. 




14 - Música que sabe tocar em algum instrumento

Eu sei tocar a música tema do filme "Romeu e Julieta" no teclado. Nem assisti ao filme, mas aprendi a tocar na época em que fazia aula de música, e me lembro de achar a canção a coisa mais linda. Ainda acho! E, claro, também tem "Amor I Love You" hahaha! Tem tanto tempo que toquei as duas canções que talvez nem me lembre mais de tudo, mas tocava com bastante frequência, especialmente a do filme.  



15 -  Música que gostaria de cantar em público

Ai, gente, me perdoem a repetição, mas eu amaria cantar "Shiver". Do Coldplay. Do Parachutes. Essa música é muito linda e adoro a melodia e a letra!! Sempre que toca eu canto junto, e é muito empolgante. 



16 - Música que gosta de ouvir dirigindo

Eu não dirijo (ainda!!)... mas, se dirigisse, ia botar um monte de música pra tocar, com certeza. Quando eu tô no carro, adoro colocar "Do I Wanna Know", do Arctic Monkeys lá nas alturas, porque as batidas são muito boas, e a sensação do carro andando e tudo o mais é como estar em um filme. Imagina se eu estivesse dirigindo?? Enfim, idealizações que espero futuramente se concretizarem. No aguardo dos 18...



17 - Música da sua infância

Eu já respondi com um monte aqui kkkk Mas também é muito válido citar "Pássaro de Fogo", da Paula Fernandes, que foi a minha cantora favorita durante um bom tempo na infância. Eu tenho um DVD (na verdade, eu tinha 3, mas dei 1 para a minha avó) de um show dela, que eu botava O TEMPO INTEIRO pra tocar. Era esse e o de Marisa Monte competindo pra ver qual eu escutava mais, mas sendo sincera, eu acho que eu ainda ouvia mais o da Paula. "Pássaro de Fogo" era a minha música favorita e também cantava o tempo inteiro. Meu avô sempre pedia para que eu cantasse "Pássaro de Fogo" e "Amor I Love You", o combo da minha infância.  Inclusive, o vídeo que coloquei aqui é do show do meu DVD.


18 - Música que ninguém imagina que você goste

Creio que dependa muito de quem estejamos falando... Mas acho que a mesma música do tópico 10 seja uma boa resposta, mas, até porque são tópicos super semelhantes... mas, para não repetir, vou responder com "Não Creio em Mais Nada", de Paulo Sérgio!



19 - Música que você quer que toque no seu velório

Tópico meio mórbido, e eu nunca parei pra pensar sobre isso, mas vamos lá... Bom, tinha que ter Arctic Monkeys, é claro. Tinha que ter "Cornerstone", música deles que ouvi exaustivamente (e, talvez, a palavra "exaustivamente" seja até eufemismo) durante 2021. Amo essa canção, a melodia e a letra. Sempre que tenho oportunidade de falar dela, eu falo. Ouvi tanto que eu admito que hoje em dia eu enjoei um pouco dela e estou meio que em um período detox de Cornerstone hahaha! De qualquer forma, ainda gosto dela, e ainda nutro um carinho por ela. Eu não iria querer uma música muito triste, mas também não ia querer uma música alegre, e eu acho que Cornerstone se encaixa bem nessa categoria também. Tipo, eu não acho que faria muita diferença pra mim qual música tocaria, por razões óbvias, mas se colocassem Arctic Monkeys eu estaria feliz (seja lá de onde kkkk). E tem que ter Coldplay e Marisa Monte também. Enfim, músicas que marcaram a minha vida. Quando eu era menor era viciadíssima em Guilherme Arantes, Roupa Nova, Oasis, Paula Fernandes, e tantos outros artistas! E hoje, em dia, além dos já citados, eu também gosto de um monte, como o The Strokes, The Smiths, Terno Rei, Rita Lee.. Acho que seria melhor se montassem uma playlist! Mas vamos mudar de tópico que eu só quero pensar nisso quando estiver bem velhinha!



20 - Música que você quer que toque no seu casamento

Ahhh, esse tópico é mais legal!! "Pra Sonhar" de Marcelo Jeneci fala de casamento e é belíssima! Faria muito sentido colocá-la no meu casamento. E também queria que tivesse outras músicas de artistas que eu gosto. E da outra pessoa também, né? Mas enfim, não vou me estender muito porque tá muito cedo pra pensar nisso. 



É Isso! 🌸

Foi super divertido responder essa Tag, e o resultado foi bem eclético! Creio que seja o post do Sementes em que eu mais falei de mim 😅 Enfim! Até mais, galerinha! E fica a sugestão pra vocês responderem também ❤ 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

"La La Land": sonhos, música e a infinitude de amores finitos

janeiro 12, 2023 0 Comments
LA LA LAND
Elenco principal:
 Emma Stone, Ryan Gosling, Jonh Legend
Diretor: Damien Chazelle
Classificação indicativa: Livre
Ano: 2016
Onde assistir: HBO Max, Star+, Globoplay, Paramount+
Nota: 4,8/5⭐


Oi, pessoal! Hoje irei falar sobre "La La Land", famoso romance musical que fez a limpa no Oscar de 2017. Adianto desde já que este texto conterá spoilers, porque o foco dele é falar sobre a minha visão do longa-metragem.

Conheço o filme desde a época do Oscar, e inclusive já havia tentado assisti-lo outras duas vezes. Tentei assisti-lo nas outras vezes por causa da música "City Os Stars", uma das mais marcantes e a mais famosa do longa, pela qual era completamente obcecada em 2018. No entanto, apesar de amar a canção e volta e meia eu ainda escutá-la, não terminei de assistir ao filme nenhuma das duas vezes em que tentei assisti-lo. Na primeira, larguei antes da metade. Na segunda, até tinha passado um pouco do meio, mas larguei do mesmo jeito e pelo mesmo motivo: estava achando chato. Isso foi por volta de 2018/2019. Passaram-se anos desde então, e, embora no começo minha opinião sobre "La La Land" fosse: "Eu achei o filme tão ruim que não consegui terminar de vê-lo nenhuma vez", com o passar do tempo esta opinião foi se transformando em um: "Ok, eu não gostei das outras vezes, mas um dia darei mais uma chance e irei até o fim para ter uma opinião concreta". Pois bem. Segunda-feira (hoje é quinta) eu fui até o final. E, sinceramente? Eu não me arrependo. Valeu a pena dar essa nova chance à "La La Land" e ter esperado um bom tempo para tentar assisti-lo novamente, até porque a percepção que temos sobre as coisas mudam e, mesmo que eu tivesse ido até o final das outras vezes, talvez eu nem tivesse gostado. É uma questão de compreensão e perspectiva. Ir até o final, no entanto, foi crucial para que eu gostasse do longa, mas falarei mais sobre isso adiante. Enfim. Talvez seja um filme superestimado, como muita gente diz, mas isso sinceramente pouco me importa. Eu gostei, ele me cativou e me emocionou, e é por isso que senti necessidade de escrever sobre ele aqui. 


Já estava pensando em assisti-lo inteiro há um tempinho, mas o pontapé mesmo foi uma cena lá do final do filme, que apareceu pra mim no Instagram e eu nunca tinha chegado a assistir. Achei interessante e percebi que era a hora de eu dar outra chance à "La La Land". Outros fatores que influenciaram foram as músicas, obviamente, e a fotografia. Eu não ligava para esse último aspecto antigamente, mas agora é algo no qual eu gosto de prestar atenção. Aliás, a fotografia aqui é belíssima, e, em alguns momentos, eu diria inclusive poética.



Antes de começar a falar mais sobre a minha opinião de fato, agora que eu já vi ao filme inteirinho, vou escrever uma breve sinopse. "La La Land" acompanha os protagonistas Mia (Emma Stone) e Sebastian (Ryan Gosling) enquanto correm atrás de seus sonhos em plena Los Angeles. Ela trabalha como atendente em uma cafeteria e deseja ser atriz, sempre realizando testes de elenco. O problema é que ninguém nunca realmente enxerga seu potencial e ela não é aceita em papéis. Já Sebastian é pianista e tem o sonho de abrir um clube de jazz bem-sucedido na cidade. Para se sustentar, no entanto, ele precisa tocar em locais que não o deixam se expressar criativamente, tocando o que mandam enquanto ninguém realmente se importa, o que faz com que ele se sinta frustrado. Ambos se conhecem quando Mia, ao voltar a pé de uma festa, passa por uma espécie de restaurante e escuta uma música sendo tocada no piano, o que chama a sua atenção (é a música tema dos dois). Ela decide entrar no lugar, encontrando Sebastian e sendo a única pessoa ali realmente prestando atenção ao que ele toca. Esse encontro, no entanto, não é bem-sucedido, pois Sebastian é demitido por não tocar as músicas que o chefe havia pedido. Irritado, ele passa direto por Mia e a ignora. Porém, os protagonistas se reencontram em uma festa, onde puderam recomeçar e se conhecerem melhor. A partir daí, o filme vai desenvolvendo o relacionamento de ambos, ao mesmo tempo em que eles perseguem os próprios sonhos e incentivam um ao outro. Aliás, o nome completo do longa em português é: "La La Land: Cantando Estações", porque a história de Mia e Sebastian é contada e dividida através das estações do ano. 


Dito isso, posso começar a falar melhor sobre o que penso de "La La Land", agora que o assisti de fato. O começo dele é realmente chatinho, não vou mentir. Eu pensei em largá-lo (sim, de novo!), mas desta vez eu estava determinada a ir até o fim. Alguns números musicais me deixaram um tanto impaciente, mas isso ocorreu mais na primeira metade. Além disso, é uma questão do gênero, que eu não costumo assistir, então busquei relevar. Afinal, as músicas são boas e a maior parte das cenas de dança são agradáveis de ver. Ainda bem que não é o tipo de musical que tem uma música e uma dança a cada 2 minutos e que é simplesmente insuportável de ver (senão eu creio que não teria conseguido resistir e relevar e largaria pela terceira vez). Alguns números musicais eu achei um pouco desnecessários, sim, mas nada que atrapalhe o rendimento da história. Como eu disse: dá pra relevar esses mais chatinhos. Há várias cenas que são bem legais, como a que Mia e Sebastian cantam e dançam juntos sobre os próprios sentimentos quando ainda estão se conhecendo e ela está usando um vestido amarelo. E, óbvio, não posso deixar de citar a própria "City Of Stars" e a música tema dos protagonistas, que aparecem diversas vezes ao longo do enredo para ajudar a construi-lo.




O filme foi me cativar de verdade na metade do verão (o filme começa pelo inverno). E é justamente quando vamos chegando ao final que o começo, que inicialmente eu considerei chato, passa a fazer mais sentido, porque agora nós temos a perspectiva do todo. É quando eu parei pra refletir sobre o que vi em tela, e sobre como é um filme bonito de acordo com o que foi trilhado.


"La La Land" ultrapassa o romance, sendo um filme sobre acreditar e perseguir nossos sonhos, sobre os impactos que outras pessoas podem ter em nossas vidas e, claro, sobre o amor. Aliás, a visão que o longa trás sobre o amor é interessante e diferente do que estamos acostumados a ver, o que torna tudo ainda mais instigante. O filme mostra que o relacionamento de Mia e Sebastian, embora não tenha durado para sempre, foi muito importante para o crescimento e evolução de ambos, de forma que ultrapassa a finitude da relação deles e impacta na vida dos dois para sempre. Ele, de certa forma, ressignifica o discurso do "não era pra ser", que existe quando relacionamentos terminam. Era pra ser, mas não era pra ser eterno. E tudo bem. Isso não quer dizer que não foi significativo. Mia e Sebastian, como casal, terminaram, mas o afeto e a relevância que ambos tiveram na vida um do outro permaneceram ali. O relacionamento deles não fazia mais sentido de acordo com o caminho que eles estavam trilhando, de acordo com o contexto das próprias vidas. Eles seguiram em frente, mas é nítido como o amor continuou a existir (e eu não estou falando necessariamente do amor romântico). 


A sequência final é simplesmente linda e genial. Mia se tornou uma atriz bem famosa, casou-se com um outro homem e teve uma filha com ele. Sebastian finalmente abriu seu clube, e se tornou bem sucedido em sua carreira. Assim, os dois estavam bem felizes com os caminhos que encontraram e trilharam. Eles se reencontram, cinco anos depois do término, no clube de Sebastian, enquanto ele se apresentava e Mia e seu marido o assistiam. Enquanto ele tocava a música tema dos dois no piano, quando a vê na plateia, "La La Land" mostra como a vida deles teria sido se eles tivessem continuado juntos, mas, para isso, as circunstâncias teriam de ter sido outras. Mas não foram, porque elas são o que são. É um pouco triste, quando você para pra pensar, e vou ser sincera: chorei. Dessa forma, voltamos à realidade. Sebastian termina de tocar, e Mia e o marido vão embora do clube, mas antes, Mia e Sebastian trocam olhares genuínos. Não porque querem reviver o passado, mas pela grandiosidade que tiverem na vida um do outro, que os levaram a estarem onde estavam. É uma cena singela, mas que tem um significado enorme. É como se pudéssemos sentir o sentimento deles, como se transbordasse para além da tela. Para isso, no entanto, não foi necessária nenhuma palavra, pois o filme fala por si só, assim como os gestos, os olhares e a canção. 

Então, o longa termina, deixando-me com lágrimas nos olhos e um nó entalado na garganta pela beleza do que eu acabei de ver e sentir. Como bem disse Vinícius de Moraes no "Soneto de Fidelidade", especialmente em seu trecho mais famoso: "Eu possa me dizer do amor (que tive)\Que não seja imortal, posto que é chama\ Mas que seja infinito enquanto dure". 



domingo, 1 de janeiro de 2023

Retrospectiva cinematográfica 2022 :)

janeiro 01, 2023 0 Comments


Oi, galerinha! Como disse no post anterior, eu provavelmente só conseguiria escrever a retrospectiva de filmes hoje, em pleno 2023. Então aqui estou eu, trazendo os filmes que assisti no ano passado (ainda preciso me acostumar a isso). Desde o ano retrasado (ou seja, 2021) eu anoto os filmes que assisto, e, em 2022, eu creio que não tenha deixado nenhum de fora. Se deixei, provavelmente foram pouquíssimos. De qualquer forma, em 2022 eu assisti a menos filmes do que em 2021, mas passei perto! Esse ano a ordem dos filmes está quase 100% certinha, porque também houve filmes que eu só fui anotar depois de um tempinho. Alguns deles eu reassisti, como foi o caso de Central do Brasil. Enfim, vamos à lista! :) 

Aqui, inseri o nome dos filmes, e, ao lado, a nota que dei a ele (em um total de cinco estrelinhas). Os filmes que possuem um coração ao lado foram meus favoritos!


  1. Lua Nova (Saga Crepúsculo) - 3,5⭐
  2. Julie e Júlia - 4,5⭐ 
  3. Escola de Rock - 4,2⭐❤
  4. Mensagem Para Você - 4,7⭐❤
  5. Quase Famosos - 2,5⭐
  6. Recém-formada - 3,5⭐
  7. Ilha das Flores - 4,0⭐
  8. Submarine - 2,8⭐
  9. Hermanoteu Na Terra de Godah - 4,1⭐❤
  10. Bee Gees: How Can You Mend A Broken Heart - 5⭐❤
  11. Esposa de Mentirinha - 3,8⭐
  12. Uma História de Amor e Fúria - 4,0⭐
  13. Cidade dos Anjos - 4,2⭐
  14. Ainda Estou Aqui - 3,0⭐
  15. A Noiva Cadáver - 3,5⭐
  16. O Menino Que Descobriu o Vento - 4,2⭐
  17. Laura Pausini: Prazer em Conhecer - 3,5⭐
  18. Olha Quem Está Falando - 3,6⭐
  19. O Que Esperar Quando Você Está Esperando - 4,0 ⭐
  20. Como se Fosse a Primeira Vez - 3,8⭐
  21. Amor e Gelato - 3,5⭐
  22. Lightyear - 4,2⭐
  23. Com Amor, Anônima - 3,8⭐
  24. Crush: Amor Colorido - 4,0⭐
  25. Beijando Jessica Stein - 3,7⭐
  26. Casamento Grego - 3,6⭐
  27. A Pelada - 1,5⭐
  28. Em Busca de Um Lar - 4,0⭐
  29. (500) Dias Com Ela - 4,8⭐❤ (Sim, dei uma nota maior do que no ano passado. Reassistido ficou ainda melhor)
  30. Shrek - 4,0⭐
  31. Central do Brasil - 5,0⭐❤
  32. Shrek 2 - 4,5⭐
  33. Shrek 3 - 4,7⭐
  34. O Jogo da Imitação - 5⭐❤
  35. Um Sonho de Liberdade - 4,8⭐
  36. Grande Menina, Pequena Mulher - 3,6⭐
  37. Medida Provisória - 4,8⭐
  38. Da Magia à Sedução - 3,6⭐
  39. Liga dos Superpets - 3,2⭐
  40. Minions 2: A Origem do Gru - 4,5⭐
  41. Enola Holmes 2 - 3,5⭐
  42. 100 Medos - 4,5⭐
  43. O Pianista - 4,0⭐
  44. E Se Fosse Verdade - 4,8⭐❤
  45. Juno - 4,3⭐
  46. Adoráveis Mulheres - 5⭐❤
  47. Pinóquio - 5⭐❤ 
  48. Desenrola - 2,8⭐
  49. Mesmo Se Nada Der Certo - 4,9⭐❤
  50. Barbie em A Canção de Natal - 3,5⭐
  51. Esposa de Aluguel - 3,5⭐
  52. Olhem Quem Está Falando Também - 3,8⭐
  53. O Noivo da Minha Melhor Amiga - 2,4⭐

É isso, galerinha! Feliz 2023 para todos nós <3 Que venham vários bons filmes e bons livros hehehe

sábado, 31 de dezembro de 2022

Retrospectiva literária 2022 :)

dezembro 31, 2022 0 Comments

Oii, pessoal! Feliz Ano Novo! Obrigada por acompanharem o Sementes Literárias :) Que 2023 seja um ano recheado de coisas boas e felizes na vida de todos nós. Que represente positivas mudanças, também na realidade de nosso país. Que seja um excelente recomeço <3 Como faço todos os anos, aqui estou eu, trazendo a retrospectiva dos livros que li em 2022. Ano passado, li 14. Esse ano, li 9 livros a mais, totalizando 23! Estou bastante feliz! Entretanto, o que realmente importa não é a quantidade, mas sim o quanto gostei das minhas leituras esse ano. 

Para 2023, não estabeleci nenhuma meta de leitura (eu nunca faço isso). O que espero, assim como todos os anos, é que eu continue lendo, no meu ritmo, e que sejam leituras bastante proveitosas! 


Enfim, vamos lá, pessoal! Lembrando que você encontra a resenha de (quase) todos os livros por aqui. Os únicos pendentes são o segundo e o terceiro volume de Heartstopper, mas em breve eu escrevo. A lista está na ordem de leitura.


  1. Depois Daquela Viagem - Valéria Piassa Polizzi 
  2. Anésia - Will Leite 
  3. Um Milhão de Finais Felizes - Vitor Martins ❤
  4. Quinze Dias - Vitor Martins
  5. O Mistério do Cinco Estrelas - Marcos Rey 
  6. Heartstopper: Dois Garotos, Um Encontro - Alice Oseman 
  7. Heartstopper: Minha Pessoa Favorita - Alice Oseman (Resenha pendente)
  8. O Príncipe e a Costureira - Jen Wang 
  9. A Diferença Invisível - Julie Dachez e Mademoiselle Caroline 
  10. O Reino de Zália - Luly Trigo 
  11. Adultos Sem Filtro e Outras Crônicas - Thalita Rebouças 
  12. Com amor, Anônima - Wendy Mora
  13. O Ladrão de Raios (Série Percy Jackson e os Olimpianos) - Rick Riordan
  14. O Mar de Monstros (Série PJO) - Rick Riordan 
  15. A Maldição do Titã (Série PJO) - Rick Riordan 
  16. A Batalha do Labirinto (Série PJO)  - Rick Riordan
  17. O Último Olimpiano (Série PJO) - Rick Riordan ❤
  18. Heartstopper: Um Passo Adiante - Alice Oseman (Resenha pendente)
  19. Se a Casa 8 Falasse - Vitor Martins ❤
  20. Téo & o Mini Mundo: Quentinho no Coração - Caetano Cury 
  21. Vejo Você no Espaço - Jack Cheng 
  22. Romance Real - Clara Alves
  23. Arlindo - Luiza de Souza (@ilustralu) ❤

Eu adorei as minhas leituras em 2022! Nas minhas favoritas, eu coloquei um coração ao lado <3 Creio que os pontos altos desse ano no quesito literário tenham sido Percy Jackson e a minha pessoal descoberta de Vitor Martins. De qualquer forma, foi um ano recheado de bons livros. Que 2023 seja tão bom quanto (ou até melhor!).

Em breve escrevo a retrospectiva cinematográfica! Como neste exato momento eu estou na casa da minha avó, não estou com meu caderno de filmes à disposição. Dessa forma, não sei se poderei escrever a retrospectiva de filmes ainda hoje. Mas não se preocupem! Se ela não sair hoje, sairá ano que vem (também conhecido como "amanhã" hahaha). Até breve e feliz Ano-Novo!

sábado, 24 de dezembro de 2022

Resenha: "Heartstopper Vol. 1: Dois garotos, um encontro"

dezembro 24, 2022 0 Comments
HEARTSTOPPER: DOIS GAROTOS, UM ENCONTRO
Autora:
 Alice Oseman
Editora: Seguinte
Número de páginas: 288
Nota: 4\5 ⭐


Oi, gente! Primeiramente, Feliz Natal!! Pois bem. Hoje, FINALMENTE trago a resenha do primeiro volume de Heartstopper. Inicialmente, eu não escrevi porque eu pensei: "Ah, eu escrevo quando tiver lido os quatro volumes e deixo tudo numa resenha só". Não é uma escolha sensata quando se trata de séries literárias, e uma das razões são os spoilers. Aí o tempo foi passando e eu fui empurrando a resenha com a barriga, porque quanto mais tempo passa, menos o livro fica fresquinho na nossa cabeça. E, como eu li até o terceiro volume, havia coisas que eu achava que tinham acontecido em um volume e tinham acontecido em outro! Foi uma besteira que eu fiz, e não recomendo. Mas cá estamos, depois de eu ter dado uma olhada novamente no volume 1, para poder falar sobre ele sem colocar coisa dos outros dois sem querer. Vamos lá!


A história acompanha dois garotos: Nick Nelson e Charlie Spring, ambos estudantes de uma escola só para garotos na Inglaterra. Charlie está no primeiro ano do Ensino Médio, é gay e havia sido tirado do armário um ano antes do momento em que o enredo se passa, sofrendo com bullying e fofocas por conta de sua sexualidade. Ao saber dos boatos, um rapaz chamado Ben começa a se aproximar de Charlie com o único intuito de beijá-lo quando bem entendesse, mesmo sem nutrir nenhum sentimento pelo protagonista. Assim, Charlie precisa lidar com o bullying e com um relacionamento abusivo, em que ele claramente só está sendo usado. A história de "Heartsopper" se passa após esse momento de bullying, e, ao longo da leitura, vamos descobrindo mais sobre as marcas deixadas por esse período difícil pelo qual Charlie passou.  Nick, por sua vez, está no segundo ano, é um atleta de rúgbi, supostamente "obviamente" hétero, querido por todos e que possui amigos preconceituosos. Ambos os protagonistas se conhecem graças ao fato de que um de seus professores os colocaram para formarem dupla em suas aulas, fazendo com que eles se aproximassem e eventualmente se tornassem amigos. Até que essa amizade evolui para um interesse romântico mútuo, e Nick precisa lidar com os questionamentos sobre a própria sexualidade e com todas as certezas que ele achava ter até então. Assim, nesse primeiro volume, vamos acompanhar o florescimento dos sentimentos, antes que Nick e Charlie comecem a namorar de fato. 


"Heartsopper" tem, inclusive, uma série na Netflix que fez o maior sucesso, que se origina dos quadrinhos. No entanto, eu tentei assistir e não me prendeu. Larguei perto do final. Mesmo que a adaptação seja bem fiel, não sei por que não me cativou tanto assim... talvez funcione melhor nos quadrinhos, não sei. Mas, realmente, não prendeu minha atenção. De qualquer forma, creio que valha a pena você conferir para tirar as suas próprias conclusões. Enfim. 


Os traços são delicados e são uma verdadeira gracinha! Tem várias cenas que mostram os quartos dos protagonistas, e, sinceramente, eu sou apaixonada no quarto do Charlie. Existem muitas referências musicais, já que ele toca bateria, mas a que chamou a minha atenção de cara foi um pôster dos Strokes. Também gosto muito do letreiro escrito "Music" em cima de sua cama. Muito massa! 


Claro, não posso deixar de dizer o quanto a história é fofinha e cativante, além de ser uma rápida e agrdável leitura! Eu, por exemplo, li em cerca de 1 horinha :) Os protagonistas e os amigos de Charlie são bem legais, e é bacana poder acompanhar o cotidiano deles, seus dilemas, conquistas e desafios. O quadrinho é bem leve, e mesmo temas pesados como homofobia e bullying são abordados com leveza e responsabilidade. De enredo singelo, "Heartsopper" cativa por sua genuinidade <3 É um livro bem cut cut! Recomendo!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Dica de filme: "Mesmo se nada der certo"

dezembro 22, 2022 2 Comments
MESMO SE NADA DER CERTO
Elenco principal:
 Keira Knightley, Mark Ruffalo, Adam Levine, James Corden, Hailee Steinfeld, Catherine Keener
Diretor: John Carney
Classificação indicativa: 12 anos
Ano: 2013\2014
Onde assistir: Amazon Prime Video
Nota: 4,9/5 ⭐


Oi, galerinha! A última vez que eu recomendei algum filme por aqui foi em dezembro do ano passado 😯 Mas aqui estou eu, depois de tanto tempo, para recomendar um filme super agradável e gostosinho de se assistir! Já havia visto várias vezes trechos de "Mesmo se nada der certo" (Begin Again, em inglês) quando passava na TV ou, até mesmo, na internet, mas nunca tinha chegado a assistir ao filme inteirinho, do começo ao fim certinho. Pois bem, hoje finalmente fiz isso! Ele está disponível no Prime Video, caso você tenha curiosidade de ver. 


O longa-metragem acompanha dois protagonistas: Dan (Mark Ruffalo) e Gretta (Keira Knightley) na cidade de Nova Iorque. Dan é um produtor musical frustrado, depressivo e alcóolatra, cuja carreira está em constante declínio, e acaba de ser demitido da gravadora que ele mesmo fundou, mas vendeu a própria parte há anos. Ele também possui uma relação complicada com a esposa e com a filha, com quem ele não mora já há algum tempo. Gretta, por sua vez, é uma compositora que havia se mudado para Nova Iorque para apoiar seu namorado, Dave (Adam Levine), na carreira de cantor, com quem ela compartilhava o interesse por música e juntos eles compunham canções. No entanto, depois que Dave a trai e o relacionamento termina, Gretta está disposta a retornar à Inglaterra, já que ficar em Nova Iorque não faz mais sentido para ela. Assim, ela passa a morar com seu amigo Steve (James Corden. Sim, o apresentador de TV), que a convida para acompanhá-lo em uma apresentação musical que ele ia realizar num bar. Ela vai, e acaba tocando uma de suas músicas por insistência de Steve. É nesse momento que Dan a conhece e enxerga um enorme potencial nela, convencendo-a a ficar em Nova Iorque para que pudessem gravar suas músicas.


A amizade que Dan e Gretta desenvolvem é um ponto muito importante na história, pois ambos evoluem a partir dessa relação, passando a possuir uma nova perspectiva sobre as próprias vidas. É algo belo e genuíno. Uma amizade sincera sem segundas intenções, em que é possível encontrar apoio e compreensão. Além disso, "Mesmo se nada der certo" nos presenteia com uma trilha sonora impecável, que casa perfeitamente com o enredo, tanto melodicamente como com relação às letras. Não é um filme de muita música e pouca história, pois um complementa muito bem o outro. Assim, as cenas musicais são maravilhosas e bem-feitas, não sendo enfadonhas em nenhum momento. 



Aqui, por exemplo, vou colocar a minha música favorita do filme: Lost Stars (Estrelas Perdidas), na versão que a Keira Knightley canta e na versão do Adam Levine (ambas estão no longa). Ela foi, inclusive, indicada ao Oscar de Melhor Canção Original em 2015. Eu era completamente viciada nessa música em 2018, e eu nem me lembrava dessa canção no filme naquela época. Isto porque, como eu disse, eu nunca tinha chegado a assistir ao filme inteiro de fato, só partes (e continuou assim, eu vendo pedaços, até hoje isso ser mudado hahaha). Enfim. Há dois trechos em particular que acho muito interessantes em Lost Stars (a música inteira é, na verdade):


God, tell us the reason

Youth is wasted on the young 

(Deus, nos diga a razão

para a juventude ser desperdiçada nos jovens)


But are we all lost stars

Trying to light up the dark?

(Mas somos todos estrelas perdidas

tentando iluminar a escuridão?)

Esta segunda frase, aliás, está na bio do meu Pinterest há anooos - sem pretensão de tirar. Enfim. Vale a pena conferir a trilha sonora na íntegra! 




"Mesmo se nada der certo" é perfeito para quem ama filmes e música (e eu me incluo nessa categoria). É divertido, é criativo, é sincero, é leve. Sabe aquele filme que você termina de assistir se sentindo genuinamente bem? Com um calor agradável no peito, aquela sensação gostosa que apenas bons filmes nos proporcionam? Pois bem. É exatamente isso. Uma obra sobre recomeços (como bem indica o título original), sobre tentar e seguir seus sonhos (como o título em português "deixa no ar"), sobre amizade, e, claro, sobre música. Uma excelente pedida! Fica a dica ;)


Créditos: @cineseriesoficial no Instagram