sábado, 30 de dezembro de 2023

Resenha: "Lisbela e o Prisioneiro" (livro)

LISBELA E O PRISIONEIRO
Autor:
 Osmar Lins
Editora: Planeta
Número de páginas: 116
Nota: 3/5⭐


OBS: Essa resenha estava escrita desde 26/03/2023, mas estava nos rascunhos. Não havia postado antes porque queria conferir uma informação que adicionei aqui na resenha, mas acabei nem conferindo na época porque já tinha devolvido o livro e eu esqueci de pedir de novo. Com o passar do tempo, a resenha acabou perdida aqui nos rascunhos e deixada de lado. Aí hoje, com uma rápida pesquisada no Sr. Google, vi que a informação estava correta kkkkk Ai Ai. Enfim. Queria postá-la antes de 2023 terminar. Agora vamos à resenha :)


Oi, pessoal! Hoje trago a resenha da minha terceira leitura deste ano, "Lisbela e  Prisioneiro", peça de teatro escrita pelo pernambucano Osman Lins e que foi adapatada para os cinemas em 2003. Peguei emprestado de uma amiga minha, e li em apenas um dia! Foi a minha primeira leitura nesse formato, e achei a experiência interessante. 


A história é dividida em 3 atos e se passa inteiramente em uma prisão, com diversos personagens que transitam nesse espaço. O personagem de maior destaque é o galanteador Leléu, que recentemente havia fugido da prisão após ir à festa de noivado de Lisbela, filha do Tenente Guedes, que comanda a prisão e que havia acompanhado Leléu na ida à festa. Temos também outros detentos, funcionários da prisão e outros personagens que a visitam. Basicamente, a peça narra de forma divertida as situações envolvendo a prisão, com foco em Leléu. Eu não descreveria este livro como um romance, apesar de ele se chamar "Lisbela e o Prisioneiro [Leléu]", pois, embora ele realmente exista, não ganha papel de grande destaque principal na narrativa. É mais sobre as peripécias de Leléu e o mundo que o circula, o que, inclui, é claro, Lisbela. O romance é importante para a narrativa, mas não é o centro. 


Além disso, o romance entre Lisbela e Leléu não me convenceu, e creio que mais momentos entre eles poderiam ter sido mais mostrados para melhor desenvolvimento da relação de ambos. Outro aspecto que me incomodou foi o fato de Lisbela ser a única mulher na narrativa que tem falas. Outras mulheres são apenas citadas, mas sempre como parente ou namorada/esposa de algum homem. Por fim, também tem algumas falas machistas que me incomodaram, mas que tento relevar porque a história é da década de 70, e não dá pra exigir uma mentalidade atual para aquela época. Apesar dessas características, gosto de que Lisbela é uma personagem com determinação, coragem e que enfrenta as figuras patriarcais de seu pai e seu noivo para impor os próprios desejos e vontades sobre si mesma. 


A peça se encaixa no gênero comédia, e realmente o tom humorístico está presente do início ao fim. A leveza e a graça da história, juntamente à estrutura em diálogos dinâmicos que permeia todo livro, fazem com que a leitura seja agradável e divertida, possível de ser feita em uma sentada e você, como consequência, nem vai sentir o tempo passar. Portanto, recomendo para quem quer uma leitura divertida e bem rápida para passar o tempo ;)




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