domingo, 5 de junho de 2022

I just wanted to be... one of the Strokes!

Oii, pessoal! Impossível falar em rock dos anos 2000 e não falar dos Strokes, cuja foto estampa o papel de parede da tela inicial do meu celular. Então, hoje trago as minhas músicas favoritas de cada álbum da banda, depois de ter feito dois posts nesse estilo aqui no blog: um sobre o Coldplay e o outro sobre o Arctic Monkeys 🖤! 


Comecei a ouvir os Strokes no ano passado, embora tenha ouvido falar deles pela primeira vez em 2020. Em partes, isso se deve ao Arctic Monkeys, já que Alex Turner (vocalista do AM) é fã declaradíssimo da banda, e eu sou fã declaradíssima dos macacos. Sem os Strokes, talvez o Arctic Monkeys não tivesse sido o que foi e talvez não fosse o que é hoje, tendo em vista que a banda influenciou pra caramba o som do AM. Tem até uma música deles, chamada "Star Treatmant", que diz, literalmente em sua primeira linha: "I just wanted to be one of the Strokes" ("eu só queria ser um dos Strokes"). 

Também comecei a ouvi-los por conta do Spotify, que me recomendou duas músicas deles ("Selfless" e "Life is Simple in The Moonlight"). Consequentemente, fui buscar mais músicas da banda e me apaixonei (especialmente pelo álbum "The New Abnormal", que é perfeito do início ao fim). Geralmente, o álbum que costuma introduzir as pessoas à banda é o "Is This It", que entrou para a História do rock, mas, para mim, esse álbum foi o "The New Abnormal" . Enfim... vamos às músicas!! Ah, vale frisar que minha opinião pode mudar ao longo do tempo :) 


IS THIS IT (2001)



O primeiro álbum da banda, que foi um estouro no mundo inteiro. É um dos meus favoritos dos Strokes! Ele tem duas capas (sendo que a segunda, lançada nos Estados Unidos, é a versão censurada). A primeira delas é simplesmente icônica!! A outra é bonita também, mas acredito que não há nem comparação... O álbum é muito marcante, se mantendo relevante no cenário musical mesmo depois de duas décadas de seu lançamento. Por meio dele, os Strokes inspirou várias outras bandas, como o Arctic Monkeys (como já citado aqui), Kings of Leon, Franz Ferdinand, etc. 

Música favorita: Hard to Explain. O ritmo é bastante contagiante e divertido! Há um trecho da letra que gosto bastante: "I said the right thing, but act the wrong way" (Eu disse a coisa certa, mas ajo do jeito errado). Em segundo lugar, "The Modern Age", também bastante contagiante ( o álbum inteiro na verdade hahaha). Em terceiro lugar, temos "Barely Legal" :)







ROOM ON FIRE (2003) 


Com sonoridade parecida ao antecessor (e sendo tão bom quanto ele), o Room on Fire foi lançado em 2003 Foi muito difícil escolher minhas músicas favoritas lançadas nele, pois gosto de várias. De uma forma geral, gosto mais do Is This It, mas, se for comparar as minhas favoritas de cada álbum, fico com o Room On Fire :)

Música favorita: Automatic Stop. Amo a melodia dessa música, especialmente o som da guitarra, que é simplesmente incrível e fascinante. Muito boa!! Em segundo lugar, fico com "Reptillia", música mais famosa do álbum (como diria Isabela Boscov: "Virou queridinha da Academia? Virou, virou queridinha. Mas não é só da Academia, é porque ela é boa mesmo"). É impossível não se empolgar com a canção, que é ótima para levantar o astral! Em terceiro lugar, "What Ever Happened", primeira faixa do disco. O legal é que as três músicas são as três faixas iniciais do Room On Fire. Gostaria de fazer uma menção honrosa à "12:51", que quase ficou com o terceiro lugar, e "Under Control", que é bem leve e gostosinha de escutar.






FIRST IMPRESSIONS OF EARTH (2006)



Lançado no ano em que eu nasci, eu levei um tempo até gostar dele. Eu colocava o "First Impressions of Earth" pra tocar e não conseguia nem chegar até a metade. Por um bom tempo, a única música que eu escutava dele era "You Only Live Once", até que eu resolvi dar mais uma chance e não me arrependo! É realmente um álbum muito bom. Gosto bastante de sua capa e do seu título, "Primeiras Impressões da Terra", e considero ambos bastante instigantes. 

Música Favorita: You Only Live Once. Escolha óbvia? Sim. Muito óbvia. Mas fazer o quê, se a fama da música é proporcional à qualidade? Em segundo lugar, temos "Razorblade", que é bastante agradável! E, em terceiro lugar, "Ize Of The World"! Eu não curtia muito o comecinho da música, e, por conta disso, sempre a pulava quando chegava a vez dela no álbum. No entanto, um dia, eu não pulei, e, surpreendentemente, descobri que a música é maravilhosa! Considero-a bastante emocionante e bonita. Não pulem as músicas nos álbuns, crianças. Elas podem acabar se mostrando muito boas! Gostaria também de citar Juicebox". Eu não gostava da música, e achava que o Julian Casablancas (vocalista da banda) só fazia se esgoelar durante boa parte da canção. Até que eu a ouvi novamente. E novamente. E novamente. E, a cada vez que eu escutava a música, ela se tornava cada vez melhor. Atualmente, é bastante difícil para mim chegar ao refrão e não cantar junto (que, contraditoriamente, é justamente a parte em que Julian fica se esgoelando. Ai ai...). O clipe de Juicebox é um tanto polêmico, por conta de suas cenas meio explícitas, tendo sido até mesmo censurado. No entanto, você o encontra facilmente no YouTube hoje em dia.


 





ANGLES (2011)



Com o Angles, os Strokes entraram em uma nova fase, mais experimentalista e com influências dos anos 80 (que continuaram a ser exploradas nos dois álbuns seguintes). O resultado foi promissor, mas ainda apontava para a necessidade de evoluir. Considero o Angles como o caminho, mas ainda não era o destino da viagem. Os 3 álbuns anteriores são bastante semelhantes, então acho ótimo que, com o Angles, a banda tenha buscado algo diferente (mesmo que, particularmente, eu prefira os 3 antecessores). Sua produção foi um tanto bagunçada, sendo que quase todo o trabalho foi descartado, tendo sido recomeçado quase que do zero, entre outras coisinhas. É um bom disco, na medida do possível. Acho que ponto alto dele é a experimentação. Isso, por si só, já torna o álbum mais interessante. 

Música favorita: Life Is Simple in The Moonlight. Essa canção é simplesmente uma das músicas que me fizeram gostar dos Strokes, e, não é à toa... Ela tem um solo de guitarra deslumbrante durante a sua segunda metade e há um trecho nela que sempre me chamou a atenção: "And we talked about ourselves in hell/to forget the love we never felt" ("E nós conversamos sobre nós mesmos no inferno/Para esquecer o amor que nós nunca sentimos"). Acho um trecho bastante curioso e interessante. Além disso, gosto bastante do título da música (A Vida É Simples no Luar)... acho bastante poético! Certamente o ponto do alto do álbum, na minha humilde opinião (é a última faixa do disco... pra fechar com chave de ouro!). Em segundo lugar, "You're So Right", que definitivamente merecia mais reconhecimento! Acho que a canção tem uma sonoridade bastante instigante, podendo se encaixar perfeitamente na trilha sonora de algum filme (pelo menos é assim que eu imagino). Em terceiro lugar, "Under Cover Of Darkness", bastante dançante e legal!!






COMEDOWN MACHINE (2013)



O álbum mais injustiçado dos Strokes. Tão injustiçado que a banda não fez nem uma tour para promovê-lo, e raramente toca as músicas que foram lançadas nele. Geralmente é o álbum deles que os fãs menos gostam (nem a própria banda liga muito pra ele. Infelizmente). Além disso, ele foi feito com os membros da banda separados, cada um no seu quadrado gravando a sua parte, porque estavam rolando umas tretas que desgastaram os caras e isso refletiu na produção do álbum (infelizmente²). Tem músicas muito boas, que fazem com que eu questione a existência de tanto hate em torno do Comedown Machine. O álbum continua o caminho iniciado pelo Angles, talvez saindo um pouco da curva em decorrência de todo o clima de desavença que rodeou a sua produção e da desvalorização dele, mas, ainda assim, consegue manter a banda no caminho. Ainda não era o destino final, mas nos presenteou com sons bastante interessantes. Definitivamente gosto mais dele do que do Angles. Dizendo isso, abraço a minha opinião impopular. 

Música favorita: Call It Fate, Call it Karma. Essa música é tão perfeita!! Acredite se quiser, mas os Strokes só a tocaram pela primeira vez no ano passado, 8 anos após o lançamento do álbum. Compreende a injustiça que falei acima?? "Call it Fate, Call it Karma" me transmite uma paz enorme, e a acho linda demais. Gosto muito do verso: "Can I waste all you time here in the sidewalk?" ("Posso desperdiçar todo o seu tempo aqui na calçada?"). Em segundo lugar, "80's Comedown Machine". Também a considero transcendental. Que música linda! Experimente escutá-la com os olhos fechados. É uma experiência muito boa. Em terceiro lugar, temos "Chances", que nos presenteia com vocais angelicais. Sério, que música maravilhosa e celestial! Todas as três músicas que citei aqui me passam a sensação de "me sentir infinita", como diria Charlie em "As Vantagens de Ser Invisível", então você realmente deveria conferi-las. Ok, acabei de perceber que eu gosto mais do Comedown Machine do que realmente achava que gostava.






THE NEW ABNORMAL (2020)




Chegamos nele. Simplesmente O MAIOR!! Meu álbum favorito dos Strokes!! Ganhou o Grammy de Melhor Álbum de Rock em 2021, e, sinceramente, foi merecidíssimo. Sua sonoridade, no geral melancólica, é fascinante e linda. Se, no Angles e no Comedown Machine, os Strokes estavam no caminho (e continuaram no caminho com o lançamento do interessante EP "Future, Present , Past", de 2016), posso dizer que eles chegaram ao destino final. São 45 minutos, divididos em 9 faixas. Cada minuto vale a pena, e é impressionante como o álbum consegue se manter interessante e agradável em todas as suas faixas, do início ao fm. Várias pessoas disseram que é o melhor álbum deles desde o "Is This It". Para mim, é ainda melhor! Uma obra-prima. 

Música favorita: Selfless. Junto de Life is Simple in the Moonlight, do Angles, me introduziu aos Strokes. Amo a sonoridade da música, e ela é bastante especial para mim. Foi por meio dela que conheci o "The New Abnormal" e ouvi o álbum inteirinho, então sou realmente grata à canção. Adoro a voz de Julian Casablancas nessa música, que mostra realmente o potencial do vocalista. É a minha música favorita da banda!! Em segundo lugar, "Why Are Sundays So Depressing?", que cresce ainda mais à medida que é tocada, e cuja sonoridade no final é tão bela!! Em terceiro lugar, "Ode to The Mets". Amo como ela começa tímida e é praticamente gritada no final (não de uma forma irritada, mas de uma forma triste e sofrida). A letra da canção é bem melancólica, assim como a sua melodia. No final, ela atinge seu clímax, e é difícil não se emocionar. Gostaria de fazer uma menção honrosa à "The Adults are Talking", mais alegre do que meu top 3 e um tanto dançante, e à "At The Door", tão depressiva quanto "Ode to The Mets" (talvez até mais). A letra também é muito bonita, e há uma passagem que acho tão linda: "Hard to fight what I can't see" ("Difícil lutar [contra] o que eu não consigo ver"). Por fim, deixo um trecho de Ode to The Mets que é simplesmente... 💔

"Old friends, long forgotten
The old ways at the bottom of the ocean 
Now has swallowed
The only thing that's left is us, 
So pardon the silence that you're hearing 
Is turning
Into a deafening, painful, shameful roar"

"Velhos amigos, há muito tempo esquecidos
As velhas maneiras no fundo do oceano 
Agora engoliu
A única coisa que resta somos nós,
Então perdoe o silêncio que você está ouvindo
Está se transformando 
Em um rugido ensurdecedor, doloroso e vergonhoso"







POR HOJE É SÓ, PESSOAL! <3

Antes de encerrar, gostaria de trazer novamente a curiosidade aleatória de que o baterista da banda é brasileiro e lançou um álbum com a ex-namorada dele e com um dos vocalistas do Los Hermanos ("Little Joy", que também é o nome da banda dos 3) hehehe 
Como despedida, fiquemos com uma série de fotinhas do Arctic Monkeys com os Strokes <3


They really just wanted to be one of The Strokes!

Alex Turner e Albert Hammond. Jr, um dos guitarristas dos Strokes

Alex Turner conversando com Julian Casablancas e Alex Kapranos, do Franz Ferdinand

Alex Turner e Nick Valensi, um dos guitarristas dos Strokes

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