Resenha: "Os últimos melhores dias da minha vida"
OS ÚLTIMOS MELHORES DIAS DA MINHA VIDA Autores: Gilberto Dimenstein e Anna Penido Ilustrador: Paulo von Poser Editora: Record Número de páginas: 140 Nota: 5/5 ⭐ |
Olá, pessoal! Ontem eu terminei de ler "Os últimos Melhores dias da minha vida", livro que me acompanhou durante todo o mês de fevereiro. Li bemmm devagar mesmo, para apreciar a leitura, absorver tudo e porque essa é uma obra delicada que merece ser lida pausadamente, em meio a tantas reflexões e falas sensíveis. Apesar disso, suas 140 páginas podem ser tranquilamente lidas em 1 ou 2 dias: um livro para te acompanhar em uma tarde tranquila e um chá. Peguei emprestado da minha mãe, que gosta bastante do jornalista e autor da obra. É engraçado: vim conhecê-lo esse ano, por causa da escola, mas parece que eu já o acompanhava há muito mais tempo - talvez porque esse livro tenha sido marcante para mim...
"Os últimos melhores dias da minha vida" foi escrito por Gilberto Dimenstein (famoso jornalista brasileiro, fundador da Catraca Livre e autor do meu livro de sociologia, "O cidadão de papel") e sua esposa e companheira de profissão Anna Penido. A obra autobiográfica retrata as vivências de Gilberto ao descobrir que está com câncer a partir de um sonho. A partir daí, podemos acompanhar suas reflexões sobre a vida e sobre o que ele aprendeu com a doença, do que ele se arrependeu e qual legado ele quer deixar. Além disso, ele também retrata a morte e sua perspectiva sobre ela, além de como ele se sente com a certeza de que irá falecer (ele morreu em 29 de maio de 2020, após 9 meses de luta contra o câncer). O livro também conta com delicadas ilustrações de Paulo Von Poser, o que deixa a leitura ainda mais dinâmica e sensível.
O livro é dividido em três partes: na primeira e segunda partes, ele retrata a descoberta do câncer e o que aprendeu com a doença. Gilberto Dimenstein conta como ele lidou a enfermidade e seu avanço, além de falar um pouco sobre o seu cotidiano antes e depois da doença. A terceira e última parte retrata a morte e como ele lidou com a certeza da proximidade do ponto final. Além disso, a obra ainda conta com uma carta belíssima e emocionante de Anna para seu falecido marido, onde ela fala sobre a história de amor dos dois (que é muito bonita, por sinal. Coisas do destino, penso eu) e sobre como ela está lidando com a situação.
Arrisco-me a dizer que este foi um dos livros mais sensíveis que eu já li, daqueles que tocam no fundo da sua alma. Acredito que vejo a vida de forma diferente agora. Um livro marcante, sem sombra de dúvidas. Impossível não se emocionar com as doces, melancólicas e reflexivas palavras que permeiam a obra! Todos deveriam lê-lo, pois ele carrega consigo lições importantíssimas! ❤
Não é um livro triste. É uma celebração à vida.